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Manchas na pele: cuidados, tratamentos e mais!

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 12:37 - 15/05/2025 Beleza

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A pele, assim como outras partes do corpo, está sujeita a mudanças de cor ao longo da vida, sendo um processo normal e que varia de pessoa para pessoa. No entanto, é importante se atentar a essas alterações, pois, em alguns casos, elas podem indicar problemas de saúde. Embora as manchas, por vezes, sejam apenas questões estéticas, em outros casos, podem sinalizar doenças como o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.

Com isso em mente, preparamos este artigo para te ajudar a entender melhor as manchas na pele. Vamos explicar o que são, quais fatores podem desencadeá-las e, especialmente, quais sinais indicam que algo pode estar errado com a sua saúde dermatológica. Acompanhe!


O que são manchas na pele?

Manchas na pele surgem quando há uma modificação na coloração normal da pele, resultando em marcas de diferentes tons como preto, marrom (claro ou escuro), branco e vermelho. Essas marcas podem ter tamanhos e formatos variados, e aparecer em basicamente qualquer área do corpo.

Isso acontece porque a melanina, pigmento responsável pela cor da pele e proteção solar, se concentra em diferentes quantidades no organismo. Por isso, essa variação na distribuição resulta em áreas com maior ou menor concentração de células produtoras de pigmento, originando, assim, as manchas e pintas. 

Por que é importante cuidar delas?

Ainda que a maioria das manchas na pele não nos traga nenhum mal, algumas delas podem indicar problemas de saúde que exigem certa atenção, como alergias, infecções, doenças vasculares ou autoimunes e até câncer de pele, como esclarece Portal Drauzio Varella. Nos tópicos seguintes, vamos aprender a identificar os sinais de alerta em manchas e lesões dermatológicas. Confira!

Leia também: Câncer de pele: atenção aos cuidados no verão

Principais tipos de manchas na pele

Agora que sabemos que as manchas na pele podem variar bastante, tanto em tamanho quanto em coloração, dá para imaginar, então, que existem diversos tipos delas, certo? Algumas são mais frequentes e mais faladas, enquanto outras ainda são pouco conhecidas pela maioria das pessoas. Abaixo, listamos os principais tipos de manchas na pele:  

1. Melasma

O melasma, ou cloasma, consiste em manchas escuras ou acastanhadas na pele, principalmente nas bochechas, na testa e no buço, também podendo aparecer nos braços, pescoço e colo. Essas marcas, no geral, possuem formato irregular e bem delimitado, quase simétricas, aparecendo de forma semelhante em ambos os lados do rosto ou do corpo. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o melasma é mais comum em mulheres, no entanto, ainda não há uma causa definida para a condição. No entanto, vale mencionar que a condição pode ser dividida em 3 tipos, sendo eles:

  • Epidérmico: a melanina se concentra nas camadas superficiais da pele, causando manchas acastanhadas escuras com bordas bem definidas.

  • Dérmico: a melanina se concentra nas camadas mais profundas, causando manchas de cor marrom com bordas menos definidas.

  • Misto: combina as características dos outros dois tipos.

2. Sardas

Sardas, nome popular das efélides, são pequenas manchas vermelhas, castanho-claro ou escuro que costumam surgir no rosto, geralmente em pessoas de pele clara, cabelos ruivos ou loiros, embora possam aparecer em outros tons de pele também. A exposição excessiva ao sol é a principal causa do surgimento, principalmente após queimaduras solares que causam vermelhidão e descamação.

Apesar de serem inofensivas por si só, as sardas são uma forma de alerta de que a cútis é mais sensível ao sol e, assim, mais propensa a desenvolver câncer de pele. Isso porque os raios ultravioleta (UV) proveniente do sol estimulam a produção de melanina, resultando no aparecimento dessas e outros tipos de manchas, que podem ser potencialmente perigosas.

Leia também: Cuidados com as sardas

3. Hiperpigmentação pós-inflamatória

Após uma situação de inflamação na pele, como acne, queimaduras ou mesmo ferimentos, podem surgir manchas escuras ou descoloração — essa condição é conhecida como hiperpigmentação pós-inflamatória. Ela acontece pois as células responsáveis pela produção da melanina (chamados melanócitos) aumentam sua atividade, gerando um excesso da substância pigmentante na área afetada.

Vale mencionar que a hiperpigmentação pós-inflamatória também pode ser desencadeada por procedimentos estéticos, incluindo:

  • Dermabrasão: remoção controlada das camadas mais superficiais da pele

  • Tratamento com laser: quando há a utilização de radiação eletromagnética em forma de luz para tratar estrias, varizes e olheiras, por exemplo.

  • Peelings químicos: aplicação de ácidos sobre a pele visando retirar as camadas danificadas.

4. Manchas de nascença

Algumas marcas na pele podem aparecer quando nascemos — são as chamadas manchas de nascença. Na maioria dos casos, elas são inofensivas e detectadas somente após o parto, e, por isso, tendem a sumir ou diminuir com o tempo. Dada a grande quantidade de marcas que podem nos acompanhar desde o nascimento, elas são organizadas em dois grupos principais, cada um com uma origem diferente:

  • Grupo vascular: ocorre devido a uma formação anormal dos vasos sanguíneos. Manchas maculares (manchas salmão), hemangiomas e manchas vinho do porto fazem parte desse grupo.

  • Grupo pigmentado: surge pelo aumento das células que produzem a cor da pele, os melanócitos. São exemplos as manchas café com leite, manchas mongólicas e os nevos congênitos.

É interessante destacar que segundo estudos da American Academy of Dermatology, um pouco mais de 10% dos(as) bebês apresentam ou apresentarão algum tipo de marca vascular até atingirem 1 ano. Curioso, não é mesmo?

5. Vitiligo

Por fim, temos o vitiligo — condição que causa manchas brancas na pele devido à perda de melanina das células dermatológicas, processo também conhecido como hipopigmentação. Embora as causas dessa condição ainda não sejam exatamente definidas, fatores como predisposição genética, estresse e outras doenças que afetam o sistema imune podem influenciar seu surgimento e o modo como tratar manchas brancas na pele.

Quanto aos tipos, o Ministério da Saúde pontua que existem dois, sendo eles:

  • Segmentar/unilateral: afeta apenas uma parte do corpo, geralmente na infância ou adolescência, com padrão linear ou em segmentos. Pode atingir a pele, pelos e cabelos.

  • Não segmentar/bilateral: é o tipo mais comum da doença, ocorrendo de forma simétrica em ambos os lados do corpo (mãos, pés, joelhos, etc.). As manchas surgem nas extremidades e têm ciclos de expansão, que aumentam com o tempo.

Vai ainda ressaltar que, embora a maioria dos casos de vitiligo se limite às manchas brancas características, a doença pode afetar a autoestima e o bem-estar emocional de quem a possui. Por isso, o acompanhamento psicológico é uma ferramenta importante para lidar com a condição. 

Leia também: Vitiligo: O que é, causas e tratamento

Manchas na pele: as 4 causas mais comuns

Agora que entendemos que as manchas na pele são bastante comuns, afetando pessoas de todas as idades, etnias e tipos de pele, você sabia que essas alterações podem ter diversas causas? Pois é! Dentre as 5 mais frequentes estão:

1. Exposição solar desprotegida

A exposição excessiva ao sol é uma das causas mais frequentes de manchas na pele. A radiação ultravioleta (UV) pode danificar as camadas cutâneas e levar à produção excessiva de melanina, o pigmento que dá cor à nossa pele. Isso pode resultar em manchas solares, sardas e outros tipos de hiperpigmentação.

Leia também: Dezembro Laranja Mês da Prevenção ao Câncer de Pele

2. Alterações hormonais

As alterações hormonais também podem levar a manchas na pele. Durante a gravidez ou ao tomar contraceptivos orais, os hormônios podem acabar induzindo o corpo a produzir mais melanina, resultando em um quadro de melasma, por exemplo.

3. Envelhecimento

Com o passar dos anos, é normal que apareçam manchas de idade ou “manchas hepáticas”. Elas são causadas pela exposição ao sol ao longo da vida e geralmente aparecem nas áreas mais expostas do corpo, como mãos, rosto e pescoço.

4. Condições médicas

Por fim, algumas condições médicas também podem deixar marcas na pele. Doenças inflamatórias como acne, lúpus e psoríase tendem a gerar lesões, facilmente reconhecíveis. Contudo, é importante estar sempre de olho, pois o câncer de pele também pode se manifestar em forma manchas.

Lembrando que cada pele é única e precisa de cuidados específicos. Por isso, ao notar qualquer alteração, não deixe de consultar um(a) dermatologista. 

Sinais para observar em manchas na pele do rosto e nas demais áreas do corpo

Embora a maioria das manchas seja, como vimos, inofensiva, é indispensável saber identificá-las para prevenir condições dermatológicas mais sérias. Para isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a regra do “ABCDE”, que ajuda a analisar as lesões na pele analisando as seguintes características:

  • A de Assimetria: a mancha tem um formato desigual.

  • B de Bordas: as bordas são irregulares, meio serrilhadas ou mal definidas.  

  • C de Cor: a mancha tem várias cores, como preto, marrom, vermelho, etc.

  • D de Diâmetro: a mancha é maior ou igual a 6 milímetros.

  • E de Evolução: a mancha mudou de tamanho, forma, cor ou textura ao longo do tempo.  

Como tratar manchas na pele?

Finalizando nosso guia, vamos, enfim, entender os métodos mais eficazes para tratar as manchas na pele. Embora possam representar um desafio para muitas pessoas, com o tratamento e os cuidados adequados, é possível controlá-las e, em alguns casos, até eliminá-las.

1. Fototerapia

Um dos tratamentos mais comuns para manchas na pele é a fototerapia, um procedimento que usa luz ultravioleta (UV) controlada para repigmentar as áreas afetadas. No entanto, esse método não garante resultados imediatos, sendo necessárias várias sessões para alcançar o efeito desejado.

Leia também: O que é fotoenvelhecimento e como tratar?

2. Microagulhamento

O procedimento de microagulhamento, também chamado de IPCA (Indução Percutânea de Colágeno por Agulha), é um tratamento estético que usa microagulhas para estimular a produção de colágeno na pele, promovendo sua regeneração e podendo auxiliar a reduzir as manchas. Outros benefícios que também podem ser obtidos através do microagulhamento são:

  • Diminuição de rugas e linhas de expressão.  

  • Melhora da textura e aparência dos poros.  

  • Minimização de cicatrizes e marcas de acne.  

3. Tratamentos tópicos

Por fim, os tratamentos tópicos podem ser uma boa opção para tratar marcas na pele. Os dermocosméticos específicos para esse fim geralmente contêm substâncias como hidroquinona, que reduzem a produção de melanina e podem ajudar a tratar áreas despigmentadas ou pigmentadas em excesso.

Além disso, ácidos como o retinoico (derivado da vitamina A), glicólico (esfoliante químico) ou tranexâmico (substância sintética semelhante à lisina, aminoácido presente em diversas funções do organismo) também são conhecidos por promover o clareamento e a renovação da pele.


No texto de hoje, discutimos o que são as manchas na derme, como tratá-las e a importância de se atentar aos cuidados necessários. Reforçamos que o acompanhamento e o tratamento para manchas na pele devem ser feitos por um(a) dermatologista, combinado?

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