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Tipos de alergia: sintomas, diagnóstico e tratamento

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 16:10 - 23/07/2025 Saúde

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A alergia é uma resposta excessiva do sistema imunológico contra determinadas substâncias (alérgenos) que entram em contato com o organismo, seja por via cutânea, ocular, respiratória ou até pelo trato digestivo, por meio da alimentação ou medicação.

Aproximadamente 30% da população brasileira convive com alergias, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Contudo, é importante entender que a alergia é uma condição particular, não necessariamente uma doença, e suas reações podem ser tanto imediatas quanto tardias.

Neste artigo, vamos entender melhor o que são as alergias, as principais causas que podem desencadeá-las, os tipos mais comuns, seus sintomas e as formas de tratamento mais eficazes. Continue lendo para conferir!

O que é alergia?

O Ministério da Saúde define alergia, ou reação de hipersensibilidade, como uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância que, normalmente, não faria mal. 

Assim, quando uma pessoa passa por uma reação alérgica, o organismo identifica essa substância como uma ameaça e libera histamina — um mediador químico que desencadeia inflamação como resposta — para combatê-la, o que pode causar diversos sintomas desconfortáveis.

Os agentes desencadeadores, também conhecidos como alérgenos, podem incluir alimentos, pólen, pelo de animais, látex, medicamentos e diversas outras substâncias. O fato é que uma alergia, no geral, ocorre em pessoas com maior predisposição genética, e que já tiveram contato com o agente anteriormente.

Leia também: Como se prevenir das alergias no verão

Tipos de alergia

As alergias podem ser classificadas de diversas formas, geralmente conforme as áreas do corpo mais afetadas. Os sintomas também variam conforme o tipo da condição, podendo ser leves, como coceira, ou mais graves, como choque anafilático. 

A seguir, você confere os 6 tipos mais comuns de reações de hipersensibilidade:

1. Alergias de pele

As alergias na pele são reações inflamatórias que ocorrem quando a derme entra em contato com um alérgeno — como, por exemplo, sabonetes, perfumes, picadas de insetos, entre outros. Elas podem se manifestar de múltiplas maneiras, por isso, existem muitos subtipos.

Um deles é a dermatite de contato, que ocorre quando a derme entra em contato com uma substância que podem ser irritante ou alérgena para a derme. Outro subtipo de alergia na pele é a fotodermatite, uma reação anormal que ocorre após a exposição aos raios ultravioleta emitidos pelo sol.

1.1. Sintomas de alergia na pele 

  • Coceira intensa.

  • Eritema (vermelhidão).

  • Manchas na pele.

  • Edema (inchaço) na área afetada.

  • Lesões na pele (manchas, bolhas, descamação).

  • Ressecamento.

  • Sensação de queimação.

1.2. Alergia de pele: como tratar?

O tratamento para alergias de pele envolve geralmente o uso de medicações específicas, como cremes/pomadas anti-histamínicas ou mesmo corticosteroides tópicos. 

Além disso, manter uma rotina de skincare com produtos adequados para peles alérgicas também pode ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a aparência da região afetada.

Em casos mais graves, o tratamento ainda pode incluir o uso de medicamentos orais para controlar a resposta alérgica e aliviar os possíveis incômodos.

Leia também: Doenças de pele - quais são e como tratar?

2. Alergias respiratórias

As alergias respiratórias acontecem quando o corpo entra em contato com alérgenos presentes no ar, afetando as vias aéreas e desencadeando a resposta imunológica. Os gatilhos mais comuns incluem pólen, poeira, fungos e até mesmo mudanças bruscas de temperatura.

Muitas condições conhecidas são classificadas como alergias respiratórias, entre elas a rinite alérgica, asma alérgica, sinusite alérgica e bronquite alérgica. Esses quadros podem variar de leves a graves, dependendo da sensibilidade de cada pessoa.

2.1. Sintomas de alergias respiratórias

  • Espirros frequentes.

  • Coriza.

  • Congestão nasal.

  • Coceira nos olhos e na garganta.

  • Tosse seca.

  • Chiado no peito.

2.2. Alergia respiratória: como tratar? 

O tratamento para uma alergia respiratória envolve geralmente o uso de medicamentos orais, como anti-histamínicos. Em alguns casos, o(a) médico(a) ainda pode prescrever descongestionantes nasais ou broncodilatadores (especialmente no caso da asma alérgica).

Para além da terapia medicamentosa, também é importante fazer algumas mudanças de hábitos, como evitar ambientes com alto índice de alérgenos e manter os ambientes internos sempre bem ventilados.

3. Alergias oculares

As alergias oculares afetam os olhos, também sendo desencadeadas por alérgenos presentes no ar, incluindo ácaros, exposição à fumaça e pelos de animais. 

Popularmente chamadas de “conjuntivite alérgica”, elas causam inflamação em toda a região dos olhos e são especialmente comuns em pessoas que já sofrem de rinite alérgica ou outros tipos da condição.

3.1. Sintomas de alergia no olhos

  • Vermelhidão ocular.

  • Inchaço das pálpebras.

  • Coceira intensa. 

  • Lacrimejamento. 

  • Sensação de “areia” nos olhos. 

  • Fotofobia (sensibilidade à luz). 

3.2. Alergia ocular: como tratar? 

O tratamento para alergias oculares envolve geralmente o uso de colírios com ação anti-histamínica e/ou anti-inflamatória. Em casos mais graves, ainda podem ser prescritos medicamentos orais, como os corticosteroides, para ajudar a reduzir a inflamação.

Além disso, evitar o contato com os alérgenos também ajuda na recuperação, e fazer compressas frias nos olhos pode auxiliar na redução de sintomas como inchaço nas pálpebras e alívio da coceira.

4. Alergias alimentares

As alergias alimentares ocorrem quando o sistema imunológico reage a uma substância presente no alimento ou na bebida, seja por ingestão, inalação ou contato. Como resultado, podendo aparecer sintomas na pele, no sistema gastrointestinal e até mesmo no sistema respiratório.

No entanto, ao contrário da intolerância alimentar (como a intolerância à lactose ou a doença celíaca), as alergias alimentares envolvem uma resposta imunológica, enquanto a intolerância consiste na incapacidade do corpo de digerir ou processar certos alimentos.

4.1. Sintomas de alergia alimentar

  • Coceira na boca ou garganta.

  • Náuseas e vômitos.

  • Inchaço dos lábios, língua ou rosto.

  • Erupções na pele.

  • Dor abdominal.

  • Falta de ar.

4.2. Alergia alimentar: como tratar?

Para um tratamento eficaz de uma alergia alimentar, o primeiro passo é obter um diagnóstico médico. Esse processo envolve uma série de testes: cutâneos, sanguíneos e/ou de provocação oral para identificar os alérgenos.

Depois, é importante evitar completamente o alimento que causa a reação alérgica, lendo sempre os rótulos de alimentos/bebidas antes de consumi-los e se informando sobre os ingredientes de tudo o que você for comer fora de casa.

Vale ressaltar que, em casos de reações alérgicas alimentares graves (como a anafilaxia), é crucial procurar ajuda médica imediatamente, pois as vias aéreas podem se obstruir, fazendo com que o uso de epinefrina (adrenalina) seja necessário para reverter o caso.

5. Alergias a medicamentos

Alguns medicamentos podem desencadear reações alérgicas em algumas pessoas, como antibióticos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), quimioterápicos, analgésicos, entre outros. 

Nesses casos, o sistema imunológico reage a uma ou mais substâncias presentes na composição do fármaco, identificando-as de maneira errada como nocivas para organismo.

Segundo o Manual MSD, as alergias medicamentosas são relativamente raras. Além disso, ao contrário de outras respostas adversas envolvendo medicamentos, a quantidade ingerida geralmente não afeta a gravidade ou a frequência da reação alérgica.

5.1. Sintomas de alergia a medicamentos 

5.2. Alergia a medicamentos: como tratar?

Em casos de alergia a medicamentos, é crucial interromper imediatamente o uso do medicamento suspeito de causar a reação. Além disso, geralmente, o(a) médico(a) pode prescrever anti-histamínicos para aliviar os sintomas.

É importante lembrar que, em casos de reações alérgicas medicamentosas mais graves (como a anafilaxia), é fundamental procurar ajuda médica imediatamente, pois as vias aéreas podem se obstruir, fazendo com que o uso de epinefrina (adrenalina) seja necessário para reverter o caso.

6. Alergias sazonais 

As alergias sazonais, também conhecidas como “febre do feno”, ocorrem devido à exposição a alérgenos ambientais que surgem em determinadas épocas do ano.

Elas são mais frequentemente desencadeadas por três tipos de pólen: de árvores, gramíneas e ervas daninhas. Durante a primavera, por exemplo, esses polens ficam em uma concentração muito maior no ar, o que acaba aumentando a incidência dessas reações alérgicas.

6.1. Sintomas de alergias sazonais

  • Espirros frequentes.

  • Olhos vermelhos e lacrimejantes.

  • Congestão nasal.

  • Gotejamento pós-nasal (muco escorrendo pela parte de trás da garganta).

  • Coceira na garganta, boca ou ouvidos.

  • Inchaço sob os olhos (“olheiras alérgicas”).

6.2. Alergias sazonais: como tratar? 

O tratamento para alergias sazonais foca no alívio dos sintomas, geralmente com o uso de medicamentos anti-histamínicos orais, que bloqueiam a histamina durante a reação alérgica. Descongestionantes nasais também podem ser usados para aliviar o nariz entupido.

Além disso, é importante evitar ao máximo os alérgenos que desencadeiam a alergia. Sempre que possível, fique em casa nos dias de alta concentração de pólen no ar, especialmente durante o dia. A lavagem nasal com solução salina também pode ajudar a limpar as vias respiratórias e, assim, reduzir os sintomas.

Mas, afinal, há alguma forma de prevenir uma reação alérgica?

Sim, alguns hábitos podem ajudar na prevenção das reações alérgicas — na verdade, a melhor forma de lidar com uma alergia é, muitas vezes, prevenindo-a. Embora nem sempre seja possível evitar todos os gatilhos, algumas medidas podem reduzir sua incidência e ajudar no controle dos sintomas, entre elas:

  1. Identifique os gatilhos: se possível, faça um teste de alergia para descobrir quais alérgenos desencadeiam suas reações e evite o contato sempre que puder.

  2. Mantenha a casa limpa: faça limpezas regulares no ambientes, incluindo a higienização de carpetes, cortinas e superfícies, para evitar a proliferação de poeira, mofo e ácaros. Garanta uma boa ventilação e, se tiver alergia respiratória, considere usar um umidificador de ar.

  3. Lave roupas de cama e cortinas com frequência: manter uma rotina de lavagem, preferencialmente com água quente, ajuda a eliminar ácaros e outros alérgenos.

  4. Leia os rótulos: não deixe ler a composição dos alimentos ou bebidas que você pretende consumir, especialmente se tiver uma alergia alimentar ou a alguma substância química.

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