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Rosácea: o que é, causas, sintomas, tratamento e mais!

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 3:00 - 20/07/2025 Saúde

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A rosácea é uma condição crônica da pele caracterizada por vermelhidão e inflamação no rosto, afetando geralmente as bochechas, nariz, testa e queixo.

Por causar uma pele avermelhada persistente, ela é facilmente notada, o que pode ter um impacto significativo na autoestima e na autoconfiança das pessoas, principalmente em público. Mas, afinal, a rosácea tem cura? Quais são suas principais causas? 

Neste artigo, vamos esclarecer tudo o que você precisa saber sobre a rosácea e seus subtipos: o que é, suas causas, sintomas, tratamentos e até mesmo dar dicas para a sua rotina de skincare, caso você tenha essa condição. Acompanhe!

O que é rosácea?

A rosácea é uma condição crônica da pele, caracterizada por vermelhidão e inflamação no rosto, que afeta principalmente a região centro facial, ou seja, bochechas, nariz, testa e queixo. 

Além disso, pode haver presença de pequenos vasos sanguíneos visíveis (chamados telangiectasias) e, em alguns casos, pústulas semelhantes à acne, tendendo a dificultar a identificação da condição e levar à confusão com outras doenças dermatológicas.

Essa condição está entre as doenças dermatológicas mais comuns atualmente, ocorrendo em cerca de 1,5% a 10% das populações estudadas, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia

O que causa rosácea?

A rosácea é uma condição de pele complexa e, embora sua origem exata ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que alguns fatores podem influenciar seu desenvolvimento, incluindo:

1. Fatores genéticos

Pessoas com histórico familiar de rosácea têm maior probabilidade de desenvolver a rosácea. Diferentes estudos, como o publicado pela National Library of Medicine, sugerem que certas variantes genéticas podem afetar a resposta inflamatória da pele, o que, por sua vez, pode agravar os sintomas da condição.

2. Fatores ambientais 

A exposição ao sol, temperaturas extremas e a poluição podem impactar no aparecimento da condição. Na pesquisa da National Rosacea Society, realizada com 1.066 pessoas, 85% apontaram o sol, 75% as altas temperaturas e 57% o vento como alguns dos principais agentes para o surgimento dos sintomas da doença.

3. Fatores imunológicos

Por fim, no que diz respeito aos fatores imunológicos, há evidências de que a rosácea pode estar associada a uma resposta imunológica exacerbada. Segundo o artigo “Infestação por Demodex folliculorum em dermatoses faciais comuns: acne vulgar, rosácea”, publicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, a presença de ácaros Demodex e as bactérias associadas podem desencadear uma resposta imunológica intensa, ajudando no desenvolvimento e agravamento da rosácea.

É importante lembrar que esses fatores não atuam sozinhos, eles interagem de maneira conjunta e complexa. Por exemplo, uma predisposição genética pode aumentar a sensibilidade da pele aos fatores ambientais, enquanto uma resposta imunológica anormal pode aumentar os efeitos de agentes externos.

Leia também: Doenças de pele — quais são e como tratar?

Rosácea: principais sintomas e sinais

A rosácea pode apresentar sintomas variados, que podem diferir em intensidade de pessoa para pessoa. Entretanto, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) destaca os seguintes sinais como os mais comuns:

  1. Quadros intensos de calor e pela avermelhada.

  2. Dilatação de pequenos vasos visíveis.

  3. Inchaço facial.

  4. Surgimento de pápulas e pústulas.

  5. Rinofima (espessamento e deformação do nariz)

  6. Irritação, secura, inflamação na região dos olhos e nas pálpebras.

Tipos de rosácea e suas particularidades

Como vimos, a rosácea é uma condição de pele complexa e multifatorial, por isso, é dividida em quatro subtipos principais. Cada tipo possui características distintas, que influenciam tanto o diagnóstico quanto o tratamento. A seguir, explicamos melhor sobre cada um deles:

1. Rosácea eritemato-telangiectásica

Também conhecida como rosácea grau 1, o subtipo eritemato-telangiectásica é caracterizado por vermelhidão persistente, vasos sanguíneos visíveis e, em alguns casos, maior sensibilidade da pele, com uma sensação de ardência ou pinicação. Esses sinais costumam aparecer principalmente no nariz e nas maçãs do rosto.

2. Rosácea pápulo-pustulosa

Já o subtipo pápulo-pustulosa, ou rosácea grau 2, é caracterizado por lesões inflamadas que se assemelham as causadas pela acne, além de pequenas pápulas (protuberâncias vermelhas e sólidas) e um aumento na sensibilidade e inchaço da pele, que nesse caso costumam afetar toda a área do rosto.

Esse subtipo é o mais comumente confundido com acne, já que as lesões se assemelham devido às pápulas e pústulas (lesões inflamadas e com pus). Porém, ao contrário da doença cutânea comum que provoca espinhas, a rosácea grau 2 geralmente não apresenta cravos. 

3. Rosácea fimatosa

O grau 3 da rosácea, ou rosácea fimatosa, é tipo mais severo da doença, caracterizado pelo espessamento da pele, especialmente no nariz (também chamado de rinofima), além de pápulas, pústulas e nódulos — trazendo um aspecto irregular e mais volumoso ao rosto.

Além disso, esse subtipo costuma causar ainda mais vermelhidão, poros dilatados e um aumento das glândulas sebáceas, fazendo com que elas se tornem mais ativas.

4. Rosácea ocular

A rosácea ocular é uma condição inflamatória oftalmológica que pode preceder, acompanhar ou seguir a rosácea cutânea, provocando sintomas semelhantes aos da conjuntivite — incluindo irritação, vermelhidão, sensibilidade à luz (fotofobia) e desconforto nos olhos.

A rosácea tem cura?

Embora a rosácea não tenha cura, é possível controlá-la bem com diferentes abordagens médicas e alternativas. Entre as opções tratamento para rosácea mais comuns estão:

1. Tratamentos tópicos

O tratamento com medicamentos tópicos é geralmente a primeira opção para tratar a rosácea. Pomadas, cremes e géis contendo metronidazol, ácido azelaico ou ivermectina podem ser prescritos pelo(a) dermatologista para tratar pápulas e pústulas, além de ajudar a reduzir a vermelhidão e a inflamação.

2. Tratamentos orais

Os antibióticos orais (como doxiciclina e minociclina) também podem ser prescritos, uma vez que esses medicamentos ajudam a controlar a inflamação e a prevenir novos surtos da doença. Em alguns casos mais agravados de rosácea, a isotretinoína também pode ser considerada, especialmente quando outros tratamentos não funcionam.

3. Terapias alternativas

Além do tratamento medicamentoso, as terapias a laser, como o Laser de Corante Pulsado (PDL) e a Luz Intensa Pulsada (IPL), podem ser utilizadas. O PDL usa um feixe de luz absorvido pela hemoglobina, ajudando a diminuir a vermelhidão e a visibilidade dos vasos sanguíneos.

Já o IPL utiliza um espectro de luz abrangente, ajustado para atingir alvos específicos na pele. Por isso, além de ajudar a reduzir vasos sanguíneos visíveis e a vermelhidão típica da rosácea, o tratamento também pode melhorar a textura da pele e diminuir as pústulas.

Rotina de cuidados para pele com rosácea: o que incluir?

Manter uma rotina de skincare adequada é essencial para quem tem rosácea, pois esse procedimento pode até ser um grande aliado no tratamento, especialmente durante surtos de inflamação. 

Para te ajudar a montar o seu próprio cronograma diário de cuidados com a pele, aqui vão algumas etapas que não podem faltar se você possui a doença:

1. Limpeza suave

Comece com uma limpeza facial suave, usando um produto de preferência inodoro. Os géis de limpeza são uma boa opção, pois costumam ter fórmulas mais emolientes que se espalham bem pelo rosto, sem ressecar ou danificar a barreira cutânea, que já está sensível devido à rosácea.

Além disso, é importante lavar a face com água morna, nunca com água quente. Na hora de secar, opte por uma toalha de tecido macio e evite esfregá-la contra o rosto — caso contrário, a pele pode ficar ainda mais irritada e ressecada.

Leia também: Quais são os tipos de sabonete e como escolher?

2. Hidratação hipoalergênica

O segundo passo é devolver a hidratação para a pele com o auxílio de loções/cremes hidratantes faciais que sejam hipoalergênicos. 

Para quem tem rosácea, ativos calmantes ajudam a aliviar a vermelhidão e a inflamação facial, por isso, optar por fórmulas que contenham aloe vera, camomila e chá-verde pode ser uma ótima escolha.

Leia também: Mito ou verdade? Pele oleosa não precisa hidratar

3. Proteção solar

O próximo passo é essencial para qualquer rotina de skincare: após a hidratação, sempre aplique protetor solar com FPS 30 ou superior, como recomenda o Ministério da Saúde

Para pessoas com rosácea, boas opções são os filtros solares com óxido de zinco ou dióxido de titânio, pois esses ativos oferecem proteção contra um amplo espectro da radiação UV e são geralmente mais bem tolerados pelas peles sensíveis. 

Lembre-se de reaplicar o produto a cada duas horas, especialmente se tiver se exposto ao sol, combinado?

Leia também: O que é verdade e o que é mentira sobre protetor solar?

4. Hábitos complementares

Por fim, vale a pena incorporar hábitos saudáveis na sua rotina, como beber água regularmente e adotar uma dieta anti-inflamatória rica em ácidos graxos ômega-3. 

Também é importante limitar a exposição ao sol e ao estresse sempre que possível, além de consultar um(a) dermatologista para personalizar o tratamento e acompanhar a evolução do seu caso de rosácea.

Tire suas dúvidas sobre a rosácea

Agora que você já sabe o que é a rosácea, seus tipos, sintomas e principais tratamentos, é natural que algumas dúvidas surjam. Para te ajudar a esclarecê-las, abaixo respondemos algumas das perguntas mais comuns.

1. A alimentação pode influenciar a rosácea?

Sim, alguns alimentos podem influenciar significativamente no quadro da rosácea. São eles:

  • Laticínios.

  • Bebidas alcoólicas.

  • Bebidas quentes.

  • Alimentos picantes.

  • Alimentos ricos em histamina (como queijos envelhecidos e vinho tinto).

  • Alimentos ricos em cinamaldeído (como canela e chocolate).

2. A rosácea pode piorar com o tempo?

Sim, a rosácea pode piorar com o tempo se não for tratada adequadamente. A progressão costuma variar de pessoa para pessoa, mas sem o devido tratamento, os sintomas da condição se intensificam.

3. Qual a relação entre a rosácea e outras condições de pele?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a rosácea coexiste frequentemente com dermatite seborreica e há associações relatadas com enxaqueca, distúrbios gastrointestinais e neurológicos (como Parkinson), embora essas ligações não sejam totalmente comprovadas. 

Além disso, a relação com a bactéria Helicobacter pylori — espécie de bactéria que aparece naturalmente na mucosa do estômago — é particularmente controversa, com estudos recentes não confirmando a associação.



Neste artigo, conhecemos mais sobre a rosácea, incluindo seus principais métodos de tratamento. Apesar de não ter uma cura definitiva, o acompanhamento dermatológico adequado da condição, aliado a uma rotina de cuidados com a pele, pode, sim, trazer uma pele mais saudável, além de proporcionar uma maior qualidade de vida para quem é portador(a) da doença.

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