Dopamina: o que é, para que serve e como aumentar
Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 17:20 - 14/07/2025 Bem-Estar
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Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, com a função de transmitir sinais no cérebro. Alguns deles, especialmente, são bem conhecidos e desempenham papéis fundamentais em várias funções do corpo e da mente — como é o caso da dopamina.
Ao desempenhar um papel essencial na regulação do humor e no fortalecimento do aprendizado e da memória, a dopamina, quando liberada, traz sensações de prazer, satisfação e motivação. Mas, além desses sinais, quais são os outros efeitos no corpo? Existe alguma forma de estimulá-la naturalmente?
Neste artigo, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre a dopamina: o que é, para que serve, seus efeitos no organismo, sua relação com outros neurotransmissores e, claro, dicas de como aumentar naturalmente seus níveis. Continue a leitura e confira!
Dopamina: o que é?
A dopamina é um neurotransmissor essencial que atua como um tipo de “mensageiro químico” no cérebro e no corpo. Ela age em várias regiões cerebrais, como no hipotálamo e na via mesolímbica, e influencia a maneira como recebemos as sensações de prazer e recompensa, sendo frequentemente associada à sensação de bem-estar.
Muito conhecida como o “hormônio da alegria”, embora não seja um hormônio de fato, a dopamina é liberada principalmente quando fazemos atividades que consideramos prazerosas, o que pode incluir comer uma comida saborosa, ouvir músicas que gostamos ou até mesmo rir e nos divertir com pessoas especiais — tudo isso gera uma sensação prazerosa de satisfação e contentamento.
Dopamina: para que serve?
Além de proporcionar a sensação de prazer em diversos momentos da vida, a dopamina desempenha outros papéis essenciais no organismo humano. Dentre eles estão:
1. Comunicação entre neurônios
No sistema nervoso central, a dopamina facilita a comunicação entre os neurônios, influenciando o foco e a tomada de decisões. Por isso, em condições como a doença de Parkinson, a perda progressiva de neurônios produtores desse neurotransmissor é uma das principais causas dos sintomas motores debilitantes.
2. Aumento da motivação e a sensação de recompensa
No âmbito comportamental, a dopamina é uma das motivações por trás das diversas decisões que tomamos diariamente. Isso porque ela nos incentiva a buscar experiências gratificantes, moldando nossos hábitos e preferências.
Essa busca constante por recompensas costuma ser benéfica quando direcionada para objetivos saudáveis, como praticar atividades físicas, mas pode se tornar um problema em situações como comportamentos compulsivos ou abuso de substâncias, onde a gratificação imediata se torna prejudicial para a saúde.
3. Regulação do humor e das emoções
Para modular o humor e as emoções, a dopamina interage com outras substâncias, como serotonina e norepinefrina, estabilizando nosso estado emocional e nos motivando a buscar novas formas de gratificação.
Por isso, ela é particularmente importante no sistema de recompensa cerebral, que inclui áreas como o núcleo accumbens e o córtex pré-frontal, que funcionam, de maneira simples, como o “centro de prazer” do cérebro.
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4. Reforço do aprendizado e da memória
A dopamina também é essencial para o aprendizado e para o reforço da memória, uma vez que fortalece certos comportamentos ao sinalizar recompensas. Nesse contexto, ela ajuda a formar hábitos e a reter informações, ativando o sistema de recompensa sempre quando sentimos prazer ou atingimos metas, nos motivando a repetir essas ações.
5. Controle motor
Por fim, no que diz respeito ao controle motor, a dopamina é fundamental para o controle dos movimentos voluntários. Isso porque ela está diretamente ligada ao funcionamento dos gânglios da base, responsáveis por coordenar nossos movimentos, como caminhar e pegar objetos, por exemplo.
Principais efeitos da dopamina no organismo
Como já mencionamos, a dopamina é um neurotransmissor crucial que atua como uma ponte entre o corpo e a mente, influenciando tanto nossa saúde mental quanto nossos comportamentos. Dessa forma, níveis adequados de dopamina no corpo são essenciais para:
Equilíbrio emocional.
Bem-estar psicológico.
Melhora do humor.
Sensação de prazer e recompensa.
Aumento da concentração e produtividade.
Impulso para explorar novos ambientes e experiências.
Regulação do processamento de informações e tomada de decisões.
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Neurotransmissores e saúde mental: qual a relação?
Até aqui, você aprendeu que os neurotransmissores são substâncias químicas essenciais para a comunicação entre os neurônios, influenciando diretamente nosso humor e comportamento. Contudo, é importante entender que seu impacto vai muito além da busca por prazer.
Isso acontece porque o equilíbrio entre neurotransmissores é fundamental para a manutenção da saúde mental. Assim, quando esses níveis ficam desregulados, podem surgir problemas como ansiedade e depressão. No caso da dopamina, por exemplo, níveis excessivos podem contribuir para comportamentos impulsivos e para o aumento da reatividade ao estresse.
Essas alterações nos níveis de neurotransmissores podem ser causadas por diversos fatores, como dieta inadequada, má qualidade do sono, sedentarismo, consumo excessivo de substâncias (como álcool e drogas) e até fatores genéticos.
No final, essas mudanças químicas cerebrais podem criar um ciclo vicioso, onde os sintomas alimentam o desequilíbrio emocional, tornando o quadro cada vez mais difícil de controlar.
Os 4 hormônios da felicidade: quais são?
Os chamados “hormônios da felicidade” são substâncias químicas que, embora desempenhem papéis individuais, trabalham juntas para criar um equilíbrio essencial à nossa saúde mental e emocional. Entre eles, os quatro principais são: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina.
Abaixo, explicamos melhor a ação dos “neurotransmissores da felicidade” e como eles se relacionam entre si:
1. Dopamina
A dopamina, ou “neurotransmissor do prazer”, é essencial para a motivação e recompensa. Ela nos impulsiona a buscar recompensas e nos faz sentir bem ao alcançar nossos objetivos, influenciando nosso humor e comportamento.
Para aumentá-la, uma boa estratégia é definir metas diárias que sejam alcançáveis, criando um ciclo positivo de motivação e realização.
2. Serotonina
A serotonina, conhecida como o “neurotransmissor da felicidade”, é responsável por promover sentimentos de calma, felicidade e contentamento. Níveis adequados de serotonina estão associados ao bem-estar, além de regular o sono e o apetite.
Para aumentar seus níveis, pratique a gratidão diariamente e invista em atividades como meditação e exposição ao sol, que ajudam a melhorar o humor.
3. Endorfina
As endorfinas, também chamadas de “analgésicos naturais do corpo”, são liberadas durante a prática de atividades físicas, trazendo uma sensação de euforia e alívio do estresse. Elas são fundamentais para reduzir a percepção de dor e melhora do humor, contribuindo também para uma sensação geral de bem-estar.
Uma simples caminhada ou sessão de atividades criativas (arte, música, escrita) podem aumentar a produção de endorfina, o que melhora o humor e a disposição.
4. Ocitocina
Por fim, a ocitocina, conhecida como o “neurotransmissor do amor”, desempenha um papel intrínseco na formação de vínculos sociais e emocionais, promovendo sentimentos de confiança e empatia, e fortalecendo as conexões interpessoais. Isso porque ela está diretamente envolvida na criação de laços sociais e no fortalecimento dos sentimentos de confiança.
Gestos simples como abraços ou passar tempo com amigos, família e outras pessoas especiais podem estimular sua liberação, promovendo sentimentos de conexão e afeto.
O que fazer para aumentar a dopamina naturalmente?
Elevar seus níveis de dopamina de forma natural pode ser uma ótima maneira de melhorar seu bem-estar e aumentar sua felicidade. E a boa notícia é que existem várias formas simples de fazer isso! Abaixo, listamos algumas delas:
1. Adote uma dieta saudável
Um bom primeiro passo é incluir alimentos ricos em tirosina, como abacate, banana e carnes magras (como frango, peru e carne bovina), já que esse aminoácido é um precursor direto da dopamina.
Além disso, consumir probióticos, como iogurte natural, leite fermentado e kombucha (chá fermentado), pode ajudar, pois um intestino saudável também está relacionado com a produção de neurotransmissores.
Também é importante adicionar nozes e sementes, como amêndoas e sementes de abóbora, para garantir uma boa dose de magnésio e ácidos graxos ômega-3, essenciais para a saúde cerebral.
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2. Pratique atividades físicas regularmente
A prática regular de exercícios físicos é outra estratégia inteligente para impulsionar a produção de dopamina, promovendo uma melhora na saúde mental e física em geral. Algumas sugestões são:
Corrida ou caminhada.
Treinamento de força.
Ciclismo.
Dança.
Natação.
Atividades ao ar livre (trekking, trilhas, montanhismo, etc.).
3. Durma bem e por tempo suficiente
A privação de sono pode impactar negativamente os níveis de dopamina. Por isso, é essencial garantir um sono adequado todos os dias, ajudando no bom funcionamento do sistema nervoso e na regulação dos neurotransmissores, incluindo a dopamina.
4. Pratique meditação e mindfulness
Por fim, incorporar técnicas de relaxamento, como meditação e sessões de mindfulness, à sua rotina pode potencializar esses benefícios. Essas práticas ajudam a reduzir o estresse e promovem um equilíbrio emocional, favorecendo a produção de dopamina e oferecendo ao cérebro os estímulos necessários para uma vida mais feliz e plena.
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Neste artigo, exploramos a dopamina e seus principais efeitos no corpo, que vão desde o fortalecimento da memória até a sensação de prazer — todos esses benefícios são essenciais para a melhora da qualidade e da manutenção da saúde geral.
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