Mamografia: como é o exame e por que ele é importante
Por Anônimo as 11:27 - 6/02/2023 Saúde
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O câncer de mama é o tipo de câncer mais frequente entre a população feminina brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde. A forma mais eficaz de identificar a doença — aumentando significativamente as chances de sucesso no tratamento — é por meio da mamografia, um exame de imagem que permite detectar alterações nas mamas ainda em estágios iniciais.
Pensando em tirar as principais dúvidas sobre o exame, neste texto vamos explicar como ele funciona, destacar seus benefícios e, claro, explicar a importância da sua realização periódica. Acompanhe!
O que é mamografia?
Como mencionado, a mamografia é um exame de imagem fundamental para a detecção precoce do câncer de mama. Feita com raios-x de baixa dosagem em um aparelho chamado mamógrafo, ela permite identificar alterações no tecido mamário — muitas vezes antes mesmo de serem percebidas ao toque.
Vale lembrar que a mamografia não serve somente para identificar cânceres invasivos, mas também para detectar microcalcificações, que são pequenos sinais que podem indicar o início de algo mais sério, como lesões pré-cancerígenas e carcinomas in situ (células cancerígenas presentes apenas no local onde se originaram e não se espalharam para os tecidos ao lado).
Por que o exame de mamografia é tão importante?
A importância da mamografia está justamente na detecção precoce da doença, que pode salvar vidas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio de 2023 a 2025, foram estimados 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil, representando uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos a cada 100 mil mulheres.
Diante desses números, a conscientização sobre o câncer de mama e o diagnóstico precoce se tornam ainda mais urgentes — e, para isso, manter os exames preventivos em dia é fundamental.
No entanto, é importante lembrar que a mamografia deve ser feita com indicação médica ou dentro dos grupos recomendados. Quando realizada sem necessidade, pode aumentar os níveis de ansiedade e estresse, já que resultados inconclusivos ou falsos positivos podem levar a exames adicionais e a preocupações que poderiam ser evitadas.
Com quantos anos pode fazer mamografia?
O Ministério da Saúde recomenda a mamografia, como forma de rastreamento do câncer, a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos, mesmo sem sintomas.
Para pessoas com histórico familiar ou outros fatores de risco, a recomendação pode variar — o exame pode ser indicado antes dos 50 anos e em intervalos menores, visando uma detecção precoce e maior eficácia no tratamento.
Leia também: A vida pós-câncer de mama
Como é feita a mamografia?
Realizar uma mamografia é um processo simples e rápido. Basicamente, o processo da realização do exame consiste em:
Antes do exame: recomenda-se evitar o uso de desodorantes, perfumes ou cremes na região das axilas e dos seios, pois esses produtos podem interferir nos resultados da mamografia. Também é indicado vestir roupas confortáveis e fáceis de remover, já que será necessário despir-se da cintura para cima.
Na chegada à clínica: a pessoa será recebida por um(a) profissional, que explicará cada etapa do procedimento e esclarecerá possíveis dúvidas.
Durante o exame: a pessoa permanece em pé, posicionada diante do mamógrafo. Cada mama é colocada entre duas placas de compressão por alguns segundos. É através dessa compressão que se obtém imagens mais claras e detalhadas, facilitando a identificação de possíveis alterações.
Sobre a compressão: embora possa causar um leve desconforto ou sensação de pressão, o exame é considerado tolerável, já que o desconforto dura apenas alguns segundos e todo o procedimento leva, em média, cerca de 20 minutos.
Após o exame: as imagens são avaliadas por um(a) radiologista, que emite um laudo a ser analisado em conjunto com a figura médica responsável pelo acompanhamento de cada pessoa paciente.
Tipos de mamografia
Há, basicamente, dois tipos de mamografia: digital e analógica. Apesar das especificidades de cada uma, ambos os métodos permitem realizar diferentes modalidades de exame, como a mamografia bilateral, unilateral, de rastreamento, etc.
A seguir, detalhamos melhor as principais diferenças entre os dois tipos:
1. Mamografia convencional (ou analógica)
A mamografia convencional utiliza chapas físicas para registrar imagens das mamas, em um processo semelhante aos antigos filmes fotográficos, com revelação feita por meio de produtos químicos. Por isso, se a qualidade das imagens não for satisfatória, pode ser necessário repetir o exame.
2. Mamografia digital
Na mamografia digital, as imagens são capturadas eletronicamente, permitindo uma análise mais precisa. Isso facilita a identificação de alterações sutis e reduz a necessidade de repetir o exame, já que as imagens podem ser ajustadas sem nova exposição à radiação.
Dúvidas comuns sobre a mamografia
Como vimos, a mamografia é um passo fundamental na rotina de cuidados com a saúde, mas é comum que ela venha acompanhada de uma série de dúvidas e incertezas. Entender o procedimento, sua importância e o que esperar no dia do exame é o melhor caminho para reduzir a apreensão e garantir que este aliado na detecção precoce do câncer de mama seja realizado com tranquilidade e segurança.
Por isso, respondemos a seguir algumas das principais dúvidas sobre o assunto. Confira!
1. Quem tem silicone pode fazer mamografia?
Sim, e deve! O exame é completamente seguro para quem tem implantes mamários e, embora exista o mito de que eles atrapalham o resultado, técnicas específicas — como a manobra de Eklund, que consiste em “empurrar” o implante para trás, contra a parede torácica, e puxar o máximo de tecido mamário para a frente, para que ele possa ser comprimido e radiografado separadamente — permitem obter boas imagens do tecido das mamas.
Por isso, é importante informar sobre o silicone antes do exame, para que o(a) profissional adote os cuidados necessários. Em alguns casos, pode ser preciso ajustar o posicionamento padrão e aplicar uma compressão mais leve nas mamas.
2. Qual a diferença entre mamografia e ultrassom da mama?
A mamografia e o ultrassom da mama são métodos de imagem essenciais no diagnóstico e acompanhamento de alterações mamárias. Contudo, é importante saber que eles apresentam diferenças, sobretudo no funcionamento e nas indicações.
A mamografia, que utiliza raios-x, é especialmente eficaz na detecção de microcalcificações e alterações sutis no tecido mamário, sendo recomendada como exame de rastreamento.
Já o ultrassom, que usa ondas sonoras, é indicado para investigar áreas específicas ou em casos de mamas densas. Excelente para diferenciar cistos de nódulos sólidos, ele é geralmente recomendado como exame complementar à mamografia.
3. Quanto custa uma mamografia?
Em média, o preço de uma mamografia pode variar entre R$ 140 e R$ 400. Essa variação depende de diversos fatores, incluindo a localização da clínica, a tecnologia utilizada e a qualificação dos(as) profissionais que realizarão o exame.
No entanto, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), é possível realizar a mamografia gratuitamente. O primeiro passo é buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para obter o pedido do exame. Depois, deve-se agendar o exame junto à secretaria de saúde do município, ou mesmo na própria UBS.
Farmácias Nissei: cuidado completo em um só lugar!
Além de realizar a mamografia a cada dois anos, é importante manter hábitos que contribuam para reduzir o risco de desenvolver câncer de mama.
Para te auxiliar nessa jornada, as Farmácias Nissei oferecem o programa FarmaClin, com cuidados, vacinas, orientações e exames de triagem feitos pela equipe farmacêutica, facilitando seu dia a dia e promovendo saúde integral. O programa conta com 3 níveis de serviços:
Básico: aferição de pressão e aplicação de injetáveis (disponível em todas as unidades).
Intermediário: inclui serviços básicos + colocação de brincos e testes de glicemia.
Avançado: inclui serviços intermediários + análises clínicas e imunizações.
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