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Síndrome de Burnout: o que é, causas, sintomas, tratamento e mais!

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 19:25 - 30/06/2025 Bem-Estar

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Com o aumento das discussões sobre saúde no trabalho e como lidar com o estresse da rotina, fica quase impossível não falar da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional. 

O Burnout é basicamente um estado de exaustão intensa, que afeta o corpo, a mente e as emoções, habitualmente causado por um estresse constante no trabalho. O resultado? Nervosismo contínuo, sofrimento psicológico e até mesmo sintomas físicos — o que impacta bastante a qualidade de vida das pessoas.

Para compreender melhor o que é essa síndrome, neste artigo, vamos entender as causas, os sinais de que o Burnout está prestes a acontecer, além de descobrir como prevenir esse problema com dicas práticas que podem ser facilmente aplicadas no dia a dia. Boa leitura!

O que é Burnout?

O Burnout, popularmente chamado de “doença de estresse no trabalho”, é um quadro de esgotamento mental e emocional que surge quando não há um bom gerenciamento do estresse crônico, em especial no ambiente profissional. É mais comum em profissões de alta pressão ou com grandes responsabilidades, principalmente quando faltam recursos ou suporte adequado.

Segundo o Ministério da Saúde, o Burnout pode ser desencadeado, por exemplo, quando as metas de trabalho são excessivamente desafiadoras ou quando a pessoa se sente incapaz de alcançá-las. 

Como consequência, essa sensação de incapacidade gera um nível intenso de estresse, afetando a capacidade de lidar com as atividades diárias e comprometendo a saúde geral — o que contribui para o desenvolvimento de outros problemas, como insônia e doenças cardiovasculares.

Burnout: significado

A palavra “Burnout” vem da língua inglesa, que une “burn” (queimar) e “out” (acabar). Assim, esse termo gera a ideia de algo que se consumiu completamente. O termo foi usado pela primeira vez em 1974 pelo psicanalista Herbert Freudenberger para descrever o esgotamento e a perda de entusiasmo pelo trabalho que ele próprio vivenciou.

Leia também: Está estressado com a rotina de trabalho?

Síndrome de Burnout: causas principais

O Burnout pode surgir como uma resposta ao estresse crônico no ambiente de trabalho, desencadeado por diferentes motivos, que podem ser agrupados em aspectos do ambiente profissional, da carga de trabalho e do comportamento pessoal. Te explicamos melhor as principais causas do Burnout a seguir:

1. Fatores relacionados ao ambiente profissional

  • Falta de controle: quando a pessoa não tem autonomia ou controle sobre suas tarefas e prazos, a sensação de impotência pode aumentar o estresse.

  • Expectativas indefinidas: a falta de clareza nas funções ou mesmo expectativas não comunicadas de forma clara podem levar à frustração e exaustão mental ao longo prazo.

  • Ambiente tóxico: culturas organizacionais onde há falta de apoio, reconhecimento ou um clima de competitividade extrema podem prejudicar a saúde mental dos(as) colaboradores(as), levando a uma diminuição do desempenho no trabalho.

  • Insegurança no emprego: preocupar-se o tempo todo com a estabilidade do trabalho ou sentir que seus valores pessoais não combinam com os da empresa, pode causar um estado constante de ansiedade e desconforto, contribuindo para o desgaste emocional.

2. Fatores relacionados à carga de trabalho

  • Excesso de trabalho: cargas excessivas sem pausas adequadas contribuem ativamente para o esgotamento físico e emocional, além de dificuldades na concentração e um maior nível de irritabilidade.

  • Pressão por resultados: a cobrança incessante por resultados e a falta de recompensas proporcionais costumam ser grandes causas da desmotivação e esgotamento. Isso tende a gerar insegurança, diminuição do desempenho e até mesmo um aumento do número de erros na rotina de trabalho.

  • Falta de clareza nas funções: quando há falta de controle e expectativas não comunicadas, como não saber onde começam e terminam suas tarefas, pode gerar frustração, confusão e desmotivação.

  • Trabalho repetitivo e monótono: realizar as mesmas tarefas todos os dias repetitivamente, sem variedade ou desafios, pode gerar tédio e desinteresse — o que a longo prazo resulta na perda de entusiasmo pelo trabalho.

3. Fatores relacionados ao comportamento pessoal

  • Perfeccionismo: pessoas que buscam incessantemente pela perfeição, que nunca se sentem satisfeitas com seus resultados, podem ter níveis altos de estresse e insatisfação pessoal.

  • Falta de equilíbrio vida-trabalho: negligenciar o tempo para si em prol do trabalho, sacrificando atividades importantes para seu bem-estar físico e mental, pode resultar em exaustão e diminuição da produtividade.

  • Dificuldade em delegar: profissionais que têm dificuldade em delegar tarefas tendem a se sobrecarregar com elas, aumentando o estresse crônico.

  • Necessidade de aprovação: pessoas que buscam constantemente validação externa tendem a se esforçar além do limite para agradar aos outros, podendo levar à sobrecarga emocional e contribuir para o Burnout.

  • Dificuldade em lidar com emoções: a incapacidade de reconhecer, processar e regular sentimentos pode intensificar o estresse, a ansiedade e a frustração.

Leia também: Transtornos Psicológicos – Como Lidar Melhor com Crises

As 5 fases do Burnout

O burnout não surge de uma hora para outra, ele surge com um processo gradual, que passa por diferentes fases, cada uma com seus próprios sinais e sintomas. Por isso, reconhecer esses estágios é fundamental para agir antes que o esgotamento chegue ao seu limite. A Integris Health, organização estadunidense de saúde, pontua os cinco principais estágios do Burnout:

1. Fase de lua de mel

Na primeira fase, a pessoa se sente em uma verdadeira “lua de mel”, como no início de um novo emprego ou ao se engajar em uma atividade que tem interesse. Aqui, a satisfação é alta, levando a uma maior produtividade e até mesmo estimulando a criatividade.

2. Início da fase de estresse

Com o tempo, o cansaço se torna constante e não melhora com o descanso. A sobrecarga aumenta, a concentração vai ficando cada vez mais difícil e as pequenas irritações se acumulam. Como consequência, o estresse começa a dominar com mais frequência, levando ao distanciamento emocional do trabalho e das pessoas colegas de trabalho. Isso, por sua vez, pode gerar apatia e cinismo, tornando as atividades diárias menos prazerosas do que eram antes.

3. Fase de estresse crônico

Aqui, a sensação de incompetência toma conta, pois o esgotamento físico e emocional atinge o ápice. A pessoa começa a duvidar de suas habilidades e sente que não está contribuindo efetivamente, o que pode começar a impactar o desempenho profissional de forma evidente. Essa falta de energia e motivação pode se manifestar de diversas formas, como atrasos frequentes, dificuldade em começar ou terminar tarefas, prazos perdidos e um desinteresse geral pelas responsabilidades.

4. Fase de esgotamento

A pessoa chega ao seu limite, incapaz de continuar desempenhando suas funções como antes. Os problemas no trabalho dominam seus pensamentos e energia, tornando-se uma “obsessão”. Nesse estágio, também é comum surgir sentimentos de apatia, dúvidas sobre si, além de sintomas físicos como dores de cabeça, problemas estomacais e gastrointestinais, que se intensificam, afetando ainda mais o bem-estar.

5. Fase de burnout habitual

Na fase final, o esgotamento físico e emocional tomam conta. É um momento crítico que exige intervenção médica e psicológica imediata, uma vez que, sem tratamento adequado, o Burnout pode se tornar crônico. Com isso, problemas como ansiedade, depressão e fadiga incapacitante se tornam mais prováveis, colocando em risco tanto a vida profissional quanto pessoal.

Leia também: Está estressado? Saiba como cuidar dos altos níveis de tensão

Sinais e sintomas da Síndrome de Burnout 

Saber identificar os sintomas da Síndrome de Burnout é fundamental para buscar ajuda e recuperar o equilíbrio tanto físico quanto emocional. Afinal, quanto mais cedo você perceber esses sinais, mais rápido poderá agir para reduzir os impactos negativos. Para te ajudar, listamos abaixo os principais sintomas aos quais você deve se atentar:

1. Sintomas físicos

2. Sintomas emocionais

  • Sentimentos de impotência e desânimo.

  • Sensação avassaladora e contínua de esgotamento.  

  • Apatia em relação ao trabalho e colegas.

  • Dificuldade de concentração.

  • Produtividade mais baixa.

  • Preocupação excessiva, em especial com a rotina no trabalho.

  • Problemas de memória.

  • Sensação de agitação.

3. Sintomas comportamentais

  • Irritabilidade.

  • Isolamento social.

  • Procrastinação e/ou evasão de tarefas relacionadas ao trabalho.

  • Aumento do absenteísmo.

  • Dificuldade de tomar decisões ou de realizar tarefas com a eficiência de antes.

  • Abuso de substâncias como forma de lidar com o estresse.

  • Mudanças nos hábitos alimentares.

  • Sentimentos de negatividade e impaciência.

Tratamento de Burnout: como se recuperar após o colapso?

Agora que você já sabe identificar os principais sinais do Burnout, que tal aprender como adotar estratégias para recuperar o bem-estar e auxiliar no tratamento da síndrome? O Ministério da Saúde pontua que o tratamento da Síndrome de Burnout é, em grande parte, feito com psicoterapia, mas também pode envolver outras abordagens, como:

1. Abordagens profissionais

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): a TCC é uma abordagem que busca entender como interpretamos o ambiente e reagimos a ele. No caso do Burnout, ela pode ajudar a identificar comportamentos disfuncionais que contribuem para a síndrome, criando estratégias de enfrentamento e trazendo mudanças positivas na rotina.

  • Terapia ocupacional: ao em equilibrar a vida profissional e pessoal, a Terapia Ocupacional utiliza a ocupação humana para prevenir e tratar dificuldades físicas ou psicossociais. No tratamento do Burnout, ela pode auxiliar ajustando as demandas do trabalho com as capacidades individuais, promovendo uma rotina mais saudável e prevenindo o esgotamento.

  • Aconselhamento psicológico: é um processo terapêutico de curto a médio prazo, focado na resolução de problemas específicos. Dessa forma, iniciar o aconselhamento psicológico com um(a) profissional pode trazer o suporte emocional necessário, além de auxiliar no desenvolvimento de estratégias para lidar com o Burnout.


2. Abordagens integrativas

  • Mindfulness e meditação: ambas são práticas que promovem o foco no presente e, por isso, podem reduzir o estresse e melhorar a resiliência emocional.

  • Exercícios físicos regulares: atividades como caminhada, yoga ou natação são benéficas para liberar endorfinas e combater o estresse.

  • Gerenciamento de tempo: estabelecer prioridades e delegar tarefas quando possível pode aliviar a carga excessiva.

  • Conexão social: manter contato com pessoas amigas e familiares oferece um apoio emocional essencial nos momentos difíceis.

Leia também: Os benefícios da meditação para a saúde física e mental

Síndrome de Burnout: como prevenir, dicas e mais!

A prevenção do Burnout começa com práticas que cuidam do bem-estar mental e físico. Abaixo, listamos algumas estratégias que você pode adotar:

I. Autocuidado

A primeira dica é reservar tempo para si, dedicando momentos diários a atividades que proporcionem prazer e relaxamento, como ler um livro ou ouvir música. Além disso, é essencial se alimentar bem. Afinal, uma dieta saudável impacta direta e positivamente seu humor e níveis de energia. 

Por fim, mas não menos importante, durma o suficiente e com qualidade. O sono é fundamental para a recuperação mental, então estabeleça uma rotina consistente para ter o descanso adequado todas as noites.

Leia também: Respiração e relaxamento? Técnicas simples podem ter efeito de antidepressivo

II. Gerenciamento de estresse

Para auxiliar no gerenciamento do estresse, praticar exercícios físicos pode ser uma boa alternativa. Isso porque as atividades físicas liberam endorfinas, que ajudam a reduzir a tensão e a ansiedade. Nossa dica é encontrar uma modalidade que você goste, seja ioga, corrida ou dança, e então tentar ser consistente nas práticas. 

Além disso, é importante estabelecer limites, aprendendo a dizer não quando necessário e definindo fronteiras claras entre trabalho e vida pessoal — não se esquecendo de reservar tempo para o lazer, descanso e diversão.

III. Equilíbrio da vida profissional e pessoal

Por fim, vale a pena buscar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Para isso, o planejamento do tempo é essencial: nossa dica é usar ferramentas de gestão para organizar suas tarefas diárias e evitar a sobrecarga. Defina suas prioridades e, durante o expediente, faça pausas regulares para recarregar as energias e melhorar a produtividade.


Neste artigo, aprendemos o que é a Síndrome de Burnout, no trabalho e na vida pessoal, suas causas e os principais sintomas aos quais devemos estar de olho. Também vimos algumas dicas práticas para prevenir o distúrbio, ajudando a cultivar uma relação mais saudável com nossa vida profissional e o bem-estar geral.

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