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Vacinação infantil: importância, calendário básico e mais informações!

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 3:00 - 13/05/2025 Infantil

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Vacinação infantil: importância, calendário básico e mais informações!

Quando falamos sobre a saúde das crianças, a vacinação é uma das grandes aliadas do sistema imunológico — afinal, devido a pouca idade, suas defesas naturais ainda estão em pleno desenvolvimento. Por isso, o calendário vacinal infantil entra como um importante planejamento responsável por “treinar” o sistema imune, mostrando a ele, através da aplicação de vacinas, como combater bactérias e vírus que podem causar doenças graves.

Com isso em mente, neste artigo, vamos falar sobre a importância da vacinação para os pequenos e pequenas, além de apresentar o calendário de vacinação infantil completo, desde o nascimento até os 10 anos — tudo bem explicadinho, para não restarem dúvidas. Continue lendo e confira!


O que é uma vacina?

Antes de explicarmos a importância da vacinação infantil, vale saber o que é uma vacina, não concorda? O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reconhece as vacinas como uma importante ferramenta para proteger a saúde pública. Essas substâncias, administradas em diferentes fases da vida, agem na prevenção de doenças graves e suas possíveis complicações, que podem levar à morte.

Como as vacinas agem no organismo?

Mencionamos anteriormente que as vacinas funcionam como um “treinamento” para o nosso sistema imunológico. Elas contêm partes enfraquecidas/inativadas de um vírus ou bactéria que causam doenças, como se fossem um aviso do perigo.

Nosso corpo aprende a reconhecer e a combater esses invasores, evitando, assim, que fiquemos doentes de verdade — é como ensinar o organismo a se defender antes mesmo de ser atacado. 

Por isso, quando um patógeno invade o corpo, as células de memória, que já o reconhecem, entram em ação e alertam o sistema imune, desencadeando a produção de anticorpos para combater a infecção.

Leia também: Cuide-se: saiba quais vacinas podem prevenir doenças do inverno

O que é a carteira de vacinação infantil?

Embora seja um documento pequeno, a carteira de vacinação infantil é muito mais do que um registro: ela também é uma ferramenta indispensável para proteger e acompanhar a saúde das crianças.

Funcionando como um diário detalhado, a carteira reúne todas as vacinas que a criança recebeu desde o nascimento e, com isso, profissionais da saúde conseguem acompanhar o histórico de imunização, assegurando que todas as doses sejam aplicadas no momento certo.

Vale ressaltar que, por ser uma aliada indispensável para que os pais, mães ou responsáveis mantenham as vacinas das crianças em dia, é fundamental manter a carteira sempre atualizada. Além de garantir a proteção dos(as) pequenos(as), ela também é um comprovante de imunização, podendo ser exigida em diversas situações, como na matrícula escolar ou em viagens internacionais.

Qual a importância da vacinação infantil?

Agora que você já sabe o que é a carteira de vacinação infantil, vale a pena entender o porquê da sua importância. Por ser uma das principais formas de proteção das crianças, o esquema vacinal, como vimos, ativa o sistema imunológico, incentivando a produção de anticorpos e preparando-os para enfrentar patógenos. Dessa forma, cria-se a “memória” imunológica, tornando os encontros futuros com esses agentes infecciosos menos perigosos e mais controláveis.

Além disso, as vacinas não são apenas uma forma de proteção individual, como também desempenham um papel crucial na saúde pública, criando um “escudo coletivo” contra epidemias. Ao garantir que as crianças estejam imunizadas, também estamos protegendo aquelas pessoas que não podem ser vacinadas por motivos médicos específicos. Esse é o princípio da “imunidade de rebanho”, que só se torna eficaz quando uma grande porcentagem da população está vacinada.

Dá para perceber a relevância desse ato de cuidado e proteção, não é? Afinal, não se trata apenas de prevenir possíveis doenças e suas complicações, mas de evitar surtos em larga escala que podem afetar comunidades inteiras.

Leia também: Dia Nacional da Imunização: conheça as vacinas disponíveis e saiba quais você precisa tomar

Calendário de vacinação infantil: do nascimento aos 10 anos

Para ajudar a saber quais vacinas as crianças devem tomar e em que momento, o Ministério da Saúde criou o Calendário Nacional de Vacinação. Neles, estão todas as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), essenciais para proteger contra doenças graves e, muitas vezes, fatais.

A seguir, você confere as vacinas que devem ser aplicadas conforme a idade e quais as doenças elas ajudam a prevenir:

A. Ao nascer

  • Vacina BCG: Dose única. Previne formas graves da tuberculose (miliar e meníngea).

  • Vacina Hepatite B (recombinante): Dose única. Previne a hepatite B.

B. Aos 2 meses

  • Vacina Pentavalente: 1ª dose. Previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas por Haemophilus influenzae B.

  • Vacina Poliomielite (inativada): 1ª dose. Previne poliomielite.

  • Vacina Pneumocócica 10-valente (Conjugada - Pneumo 10): 1ª dose. Previne infecções invasivas como meningite e pneumonia causadas por Streptococcus pneumoniae.

  • Vacina Rotavírus Humano (atenuada): 1ª dose. Previne diarreia causada por rotavírus.

C. Aos 3 meses

  • Vacina Meningocócica C (conjugada): 1ª dose. Previne doença invasiva causada pela Neisseria meningitidis do sorogrupo C.

D. Aos 4 meses

  • Vacina Pentavalente: 2ª dose.

  • Vacina Poliomielite (inativada): 2ª dose.

  • Vacina Pneumocócica 10-valente (Conjugada - Pneumo 10): 2ª dose.

  • Vacina Rotavírus Humano (atenuada): 2ª dose.

E. Aos 5 meses

  • Vacina Meningocócica C (conjugada): 2ª dose.

F. Aos 6 meses

  • Vacina Pentavalente: 3ª dose.

  • Vacina Poliomielite (VIP): 3ª dose.

  • Vacina Covid-19: 1ª dose (recomendada em duas doses, com intervalo mínimo de 4 semanas).

G. Aos 7 meses

H. Aos 9 meses

  • Vacina Febre Amarela (atenuada - FA): Uma dose.

I. Aos 12 meses

  • Vacina Pneumocócica 10-valente (Conjugada - Pneumo 10): Dose de reforço.

  • Vacina Meningocócica C (conjugada - Meningo C): Dose de reforço.

  • Vacina Tríplice Viral: 1ª dose (prevenção contra sarampo, caxumba e rubéola).

J. 15 meses

  • Vacina DTP (Adsorvida): 1º reforço (difteria, tétano e coqueluche).

  • Vacina Poliomielite (VIP): Dose de reforço.

  • Vacina Hepatite A (inativada): Uma dose.

  • Vacina Tetraviral: Uma dose (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

K. 4 anos

  • Vacina DTP (Adsorvida): 2º reforço.

  • Vacina Febre Amarela (atenuada): Dose de reforço.

  • Vacina Varicela (monovalente): Uma dose.

L. 5 anos

  • Vacina Febre Amarela (atenuada - FA): Uma dose, se não tiver recebido as duas doses recomendadas antes.

  • Vacina Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23): Duas doses (proteção contra infecções invasivas por bactérias pneumococo).

M. 7 anos

  • Vacina Difteria e Tétano (dT): 3 doses. Reforço a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves.

N. 9 anos e 10 anos

  • Vacina HPV (Papilomavírus Humano 6, 11, 16, 18): 2 doses.

    • Para crianças de 9 a 14 anos que foram vítimas de abuso sexual, a recomendação é de duas doses.

    • Pessoas com HIV/aids, transplantadas de órgãos sólidos ou de medula óssea, pacientes com câncer ou papilomatose respiratória recorrente (PPR) devem tomar três doses com prescrição médica.

    • Para menores de 18 anos, é necessário consentimento dos pais ou responsáveis. O intervalo entre as doses deve ser confirmado na UBS.

Leia também: Proteja-se contra o HPV: Tudo o que Você Precisa Saber sobre a Vacina

Desmistificando mitos sobre segurança e eficácia das vacinas

Antes de ser aprovada pelas agências reguladoras, cada vacina passa por rigorosos protocolos de pesquisa e desenvolvimento, incluindo ensaios clínicos controlados. No entanto, ainda é comum que mitos sobre a segurança e eficácia da vacinação circulem, apesar de inúmeros estudos e pesquisas comprovarem o contrário. A seguir, desmistificamos cinco desses mitos. Confira:

1. “Vacinas causam autismo”

Mito! A informação é equivocada e surgiu a partir de um estudo preliminar publicado na revista científica The Lancet, em 1998, já amplamente desmentido pela comunidade científica. O autismo é um transtorno do desenvolvimento neurológico que afeta 1 em cada 160 crianças, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde. Suas causas são genéticas, não se relacionando com o calendário de vacinação.

2. “Crianças que recebem muitas vacinas têm o sistema imunológico sobrecarregado”

Mito. As vacinas do calendário podem ser dadas juntas sem problema nenhum, seguindo as recomendações pediátricas. O sistema imunológico dos(as) pequenos(as), apesar de estar em desenvolvimento, é forte e consegue lidar com várias vacinas ao mesmo tempo.

3. “Se uma pessoa está saudável, não precisa de vacina”

Mito! O ideal é que todas as pessoas sejam vacinadas — homens, mulheres, crianças, pessoas idosas, gestantes… Mesmo com hábitos saudáveis e a erradicação de algumas doenças, as vacinas continuam sendo importantíssimas para proteger a saúde da população.

4. “A imunidade natural é melhor do que a imunidade adquirida pela vacina”

Não é bem assim. Ficar doente e contar com a imunidade natural para se recuperar pode até auxiliar a 'se proteger' contra a doença no futuro, no entanto, também pode causar problemas de saúde e deixar sequelas. As vacinas surgem justamente como uma forma segura de proteção, sem correr os riscos de uma doença grave e possíveis complicações. 

5. “A vacina contra o HPV só deve ser dada às meninas”

De jeito nenhum! A vacina contra o HPV também é muito importante para a saúde masculina. Recomendada para ambos os sexos entre 9 e 14 anos, essa imunização previne verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo:

  • Câncer de pênis (nos homens).

  • Câncer do colo do útero (nas mulheres).

  • Câncer de garganta (em homens e mulheres).

  • Câncer de ânus (em homens e mulheres).

Leia também: Tudo sobre câncer de mama – Sinais, autoexame e prevenção


No artigo de hoje, aprendemos o que é a imunização vacinal e como ela age no corpo, sendo essa a principal razão pela qual é tão importante para a saúde, especialmente para as crianças.

Por isso, saiba que nas Farmácias Nissei você encontra uma categoria completa com diversas opções de vacinas, como para prevenir o herpes zoster, bronquiolite, hepatite A em adultos, entre outras.  

Confira as opções disponíveis no site ou procure a Farmácia Nissei mais próxima de você!


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