Novembro azul chama atenção para prevenção ao câncer de próstata

Em 2018, 15.576 mortes pela doença foram registrados no Brasil. Para 2020, a estimativa é de mais de 65 mil novos casos

Novembro é marcado como o mês de conscientização sobre o câncer de próstata. Segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil — atrás apenas do câncer de pele não-melanoma — estima-se que, para 2020, surjam mais de 65.800 novos casos; em 2018, foram registrados 15.576 óbitos. Desta forma, a campanha Novembro Azul visa alertar a população quanto aos riscos da doença e a importância da realização de consultas e exames preventivos.

Conhecido como um mal silencioso, o câncer de próstata, em geral, não apresenta sintomas até o momento em que a doença se encontra em um estágio avançado. Por outro lado, caso seja descoberto no início, as chances de cura podem chegar a 90%. Assim, ainda que seja considerado como um câncer da terceira idade — cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos — a recomendação é de que homens acima dos 50 anos realizem os exames preventivos de rotina. Para pessoas com histórico familiar da doença ou que tenham obesidade, a prevenção deve iniciar a partir dos 40 anos.

Além disso, caso apresente sintomas urinários — como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, sangue na urina ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite — procure um especialista.

Realização de exames é fundamental

A identificação do câncer de próstata pode ser feita com a combinação de dois exames: dosagem de PSA, que avalia a quantidade do antígeno prostático específico, e o exame de toque retal. No caso do PSA, a detecção é feita por meio da coleta de sangue. Já o exame de toque retal é feito para a identificação de nódulos ou tecidos endurecidos e, apesar do preconceito com o método, o exame é rápido e indolor.

Em alguns casos, conforme a necessidade, pode ser solicitado, ainda, exames de imagem complementares, como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea, além de uma biópsia para a confirmação.

Com a identificação de câncer, a escolha do tratamento é feita em conjunto médico e paciente. Caso a doença seja localizada, por exemplo, cirurgia e radioterapia podem ser eficientes para sua remoção. Já para doenças localmente avançadas ou então com metástase, podem ser empregadas combinações com tratamento hormonal.

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