Herpes: o que é, tipos, causas, tratamento e mais!
Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 13:57 - 30/07/2025 Saúde
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O herpes é uma das doenças virais mais comuns no mundo, atingindo milhões de pessoas anualmente.
Trata-se de uma doença causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora (varicela) e também o popularmente conhecido cobreiro (herpes zóster) e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex.
Segundo a sociedade brasileira de dermatologia (SDB) 99% da população adulta já adquiriu imunidade ao vírus herpes simplex (HSV) na infância e na adolescência, tendo infecção subclínica (assintomática) ou um único episódio.
Neste texto, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre o herpes: os tipos, causas, sintomas, tratamento, e cuidados para evitar a transmissão. Continue lendo para saber mais!
O que é herpes?
Herpes é uma infecção viral altamente contagiosa que pode afetar várias partes do corpo, sendo mais comum na pele e nas mucosas.
Existem diferentes tipos de herpes, e os mais conhecidos são o herpes tipo 1 (HSV-1) e o herpes tipo 2 (HSV-2), mas há outros tipos que também causam infecções significativas.
A infecção pelo herpes é caracterizada pelo surgimento de lesões na pele ou nas mucosas, que geralmente aparecem em forma de bolhas ou feridas. Essas lesões podem ser dolorosas e causar desconforto, especialmente em momentos de surtos.
Tipos de herpes
Como vimos, há diversos tipos de herpes causados por uma variação do vírus herpes simplex. Os mais comuns são o herpes tipo 1 e o herpes tipo 2, mas há também outras variações menos conhecidas. Entenda um pouco mais sobre cada um desses tipos:
1. Herpes Tipo 1 (HSV-1)
Este é o tipo mais comum de herpes e afeta geralmente a região da boca, causando as famosas feridas conhecidas como “aftas” ou “herpes labial”. Contudo, o herpes tipo 1 também pode afetar a região genital em algumas situações, como a prática de sexo oral.
2. Herpes Tipo 2 (HSV-2)
Esse tipo de herpes é mais comumente associado à região genital e é frequentemente transmitido por meio de relações sexuais desprotegidas. As lesões causadas por esse tipo de herpes são dolorosas e podem gerar complicações mais graves, como infecções no trato urinário e complicações em gestantes.
3. Herpes Tipo 3 (HSV-3)
Esse tipo de herpes é causado pelo vírus varicela-zoster, responsável pela varicela (catapora) e, posteriormente, pelo herpes zóster (ou cobreiro), uma infecção dolorosa que afeta principalmente os nervos. O herpes zóster ocorre quando o vírus, após causar a varicela, se reativa no corpo, causando uma erupção cutânea dolorosa, geralmente em um único lado do corpo.
4. Herpes Tipo 4 (HSV-4)
Este é o vírus Epstein-Barr, que está relacionado a diversas condições, como mononucleose infecciosa (popularmente conhecida como “doença do beijo”). Embora o vírus Epstein-Barr não cause as típicas bolhas associadas ao herpes, ele pode estar relacionado a infecções graves e outros distúrbios.
5. Outros Tipos de Herpes
Existem também outros tipos de herpes, como o herpes tipo 5 (citomegalovírus) e o herpes tipo 6, que causam diferentes doenças no organismo.
O que causa herpes e em que situações o herpes é transmissível?
A transmissão pode ocorrer de forma direta, seja pelo contato com uma pessoa infectada ou por meio de objetos contaminados.
A principal forma de transmissão do herpes é pelo contato direto com as lesões de uma pessoa infectada. Quando alguém está com lesões ativas, a probabilidade de transmissão é muito maior.
Além disso, o herpes pode ser transmitido pelo contato com saliva, sêmen e outras secreções corporais, tornando o herpes uma IST (infecção sexualmente transmissível) muito comum.
Mesmo que uma pessoa não apresente sintomas ou lesões visíveis, ela pode ser portadora do vírus e ainda assim transmitir a infecção. Isso acontece porque o vírus pode estar presente nas secreções corporais, sem que a pessoa saiba.
Sintomas de Herpes
Os sintomas de herpes variam conforme o tipo de infecção e com o estágio da doença. Muitas pessoas, especialmente aquelas com herpes tipo 1, podem ter o vírus e nunca desenvolver sintomas visíveis. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles geralmente incluem:
Lesões e bolhas: uma das principais características do herpes são as bolhas ou feridas dolorosas que surgem nas áreas afetadas, como boca, genitais ou região anal.
Coceira e ardor: antes das bolhas aparecerem, a pessoa pode sentir uma sensação de coceira ou ardência na área afetada.
Febre e mal-estar: em alguns casos, especialmente nos primeiros surtos de herpes, a pessoa pode apresentar febre, cansaço e dor muscular.
Dores nos nervos: o herpes tipo 3 (herpes zóster) pode causar dores intensas nos nervos, que geralmente precedem a erupção cutânea.
Diagnóstico de Herpes
O diagnóstico de herpes é geralmente clínico, ou seja, é feito com base na observação das lesões características causadas pelo vírus. Quando uma pessoa apresenta feridas típicas, o(a) médico(a) pode diagnosticar herpes visualmente.
Em casos mais complexos ou quando as lesões não são típicas, podem ser realizados exames laboratoriais para confirmar a presença do vírus, como a coleta de uma amostra das lesões (por meio de raspagem ou swab) para realizar testes de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) ou cultura viral.
Além disso, testes de sangue para detectar anticorpos contra o vírus também podem ser utilizados, especialmente em casos em que a infecção não apresenta sintomas evidentes, mas a pessoa tem histórico de exposição ao vírus. O diagnóstico precoce ajuda a iniciar o tratamento adequado e a reduzir a transmissão do herpes.
Herpes tem cura?
Infelizmente, herpes não tem cura definitiva. Uma vez que uma pessoa é infectada pelo vírus herpes simplex, ele permanece no corpo de forma latente, podendo se reativar em momentos de estresse, imunidade baixa ou outros fatores.
Embora não haja uma cura para o herpes, o tratamento adequado pode controlar os surtos e diminuir a severidade dos sintomas. Além disso, o uso de medicamentos antivirais pode reduzir o risco de transmissão do vírus para outras pessoas.
Tratamento para Herpes
Embora o herpes não tenha cura, existem tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a duração dos surtos. Os principais tratamentos incluem:
1. Antivirais
Medicamentos como o aciclovir, valaciclovir e fanciclovir são comumente usados para tratar os surtos de herpes. Esses medicamentos ajudam a reduzir a replicação do vírus e a acelerar a cicatrização das lesões.
2. Cuidados locais
Em alguns casos, pomadas antivirais podem ser aplicadas diretamente nas lesões para aliviar a dor e acelerar o processo de recuperação.
3. Controle de sintomas
Para aliviar a dor e o desconforto, o uso de analgésicos e compressas frias pode ser recomendado.
4. Prevenção de surtos
Pessoas com herpes recorrente podem ser aconselhadas a usar antivirais de forma contínua, para reduzir a frequência e a intensidade dos surtos.
Herpes e cuidados
Ter herpes exige cuidados constantes para evitar surtos e prevenir a transmissão do vírus. Algumas dicas de cuidados para quem tem herpes incluem:
Evitar o contato com lesões: durante um surto de herpes, é fundamental evitar o contato com as lesões, pois é nesse momento que o risco de transmissão é maior.
Higiene: manter a região afetada limpa e seca pode ajudar na cicatrização e reduzir o risco de complicações.
Evitar relações sexuais durante os surtos: para evitar a transmissão do herpes, é recomendado evitar relações sexuais durante os surtos ou usar preservativos, mesmo quando não há lesões visíveis.
Herpes e doação de sangue
Muitas pessoas se perguntam se a pessoa portadora de herpes pode doar sangue. A resposta é que, em geral, quem tem herpes pode doar sangue, desde que esteja assintomático(a) no momento da doação e não esteja tendo um surto ativo.
A transmissão do herpes por transfusão de sangue é rara, mas as diretrizes de doação de sangue podem variar dependendo do tipo de herpes e das condições de saúde do doador.
Impacto psicológico do Herpes e como lidar com ele
Infelizmente, ainda existe um estigma social muito forte em relação ao herpes, especialmente ao herpes tipo 2 (herpes genital), o qual é frequentemente associado a comportamentos sexuais de risco.
Muitas pessoas diagnosticadas com o herpes se sentem isoladas, envergonhadas ou culpadas, acreditando que a infecção irá prejudicar sua vida social e romântica. A vergonha pode levar a um ciclo de negação, evitando o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento adequado.
No entanto, é importante entender que o herpes é uma das doenças virais mais comuns no mundo, e milhões de pessoas convivem com ele. Reconhecer que o herpes não é uma sentença de vergonha pode ser um passo fundamental para lidar com a infecção de maneira mais saudável.
Procurar ajuda psicológica pode ser uma maneira eficaz de lidar com os sentimentos de ansiedade e insegurança. A terapia pode ajudar a trabalhar a autoestima, a autocompaixão e a maneira como a pessoa percebe sua própria saúde.
Nesses casos, também é importante poder contar com uma farmácia que oferece uma variedade de medicamentos para te auxiliar no tratamento. Nas Farmácias Nissei, você encontra uma equipe farmacêutica pronta para te ajudar e uma grande diversidade de medicamentos específicos para pacientes com doenças virais.
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