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Como parar de fumar: um guia definitivo para libertar-se do tabagismo

Por CAROLINE GONCALVES DA COSTA as 11:59 - 30/09/2025 Saúde

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Fumar é um hábito que, apesar de amplamente conhecido por seus riscos à saúde, ainda faz parte da rotina de milhões de pessoas no Brasil. E quando alguém decide parar de fumar, a nicotina — substância presente no cigarro que gera a dependência, torna o processo um verdadeiro desafio físico e emocional.

No entanto, os benefícios dessa decisão são diversos, desde a melhora imediata da respiração até a prevenção de condições graves no longo prazo, como doenças cardiovasculares e câncer de pulmão.

Para saber mais sobre o assunto, neste artigo, vamos conferir os principais motivos para abandonar o cigarro, os obstáculos mais comuns enfrentados nesse processo e dicas eficazes que podem apoiar quem deseja mudar esse hábito a ter uma vida mais saudável. Acompanhe!

Tabagismo: o que é e quais os tipos?

O tabagismo vai muito além do simples ato de acender um cigarro. Trata-se, na verdade, de uma forma de dependência química, causada principalmente pela nicotina — substância presente no tabaco com alto potencial viciante e efeitos diretos sobre o cérebro.

Vale ressaltar que essa dependência pode aparecer de formas diferentes na rotina das pessoas. Ou seja, as pessoas que fumam não têm o mesmo padrão ou intensidade de uso, e entender essa diferença é um passo importante para lidar melhor com o problema e buscar o apoio necessário. Confira os principais tipos de tabagismo:

  • Fumante ativo: pessoas que fumam cigarro.

  • Fumante passivo: quem inala a fumaça perto de pessoas fumantes.

  • Fumante ocasional: pessoa que fuma em ocasiões específicas.

Por que parar de fumar?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8 milhões de pessoas vão a óbito anualmente por causas relacionadas ao tabagismo. Desse total, mais de 7 milhões são fumantes ativos(as) e cerca de 1,2 milhão são fumantes passivos(as), ou seja, pessoas que nem fumam, mas acabam sendo prejudicadas só por estarem perto da fumaça.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os malefícios do tabagismo vão além dos pulmões — o cigarro compromete o funcionamento de vários órgãos e sistemas do nosso corpo. E isso está diretamente ligado à ação da nicotina no corpo, que além de viciar, afeta a saúde de forma profunda.

A seguir, confira alguns dos principais malefícios do tabagismo:

  • Coração e sistema circulatório: aumento do risco de hipertensão, infarto e doenças vasculares.

  • Pulmões: desenvolvimento de enfisema pulmonar, bronquite crônica e outros problemas respiratórios.

  • Sistema digestivo: pode causar refluxo, úlceras e contribuir para o câncer de esôfago e estômago.

  • Pele: acelera o envelhecimento, reduz a elasticidade e favorece o aparecimento de rugas.

  • Saúde bucal: contribui para mau hálito, doenças periodontais, perda dentária e câncer de boca.

Em resumo, o tabagismo pode prejudicar diversas funções do seu corpo, então, quanto antes você decidir parar de fumar, melhor será para a sua saúde e para quem está ao seu redor.

Leia também: Doenças de pele - quais são e como tratar?

Tratamentos para tabagismo

Existem diversos tratamentos para o tabagismo, inclusive oferecidos gratuitamente pelo SUS, como acompanhamento médico, terapia em grupo e uso de medicamentos. Entre as opções disponíveis, as mais comuns são:

1. Reposição de nicotina (adesivos, gomas, pastilhas, sprays)

A reposição de nicotina é uma forma eficaz de ajudar quem está parando de fumar. Ela funciona fornecendo doses controladas de nicotina no corpo, por meio de gomas, pastilhas, adesivos, entre outras formas, mas sem os demais componentes tóxicos presentes no cigarro.

Com esse apoio, o organismo vai se adaptando gradualmente à ausência do cigarro, reduzindo os sintomas desagradáveis da abstinência e tornando o processo mais tranquilo.

2. Medicamentos controlados (com prescrição médica)

Há medicamentos controlados que agem diretamente no cérebro para reduzir o desejo de fumar e aliviar os sintomas da abstinência. Esses remédios ajudam a controlar a vontade de acender um cigarro, tornando o processo de parar de fumar mais fácil.

Mas, atenção: eles devem ser usados somente com acompanhamento médico, já que possuem efeitos específicos e podem ter contraindicações. Desse modo, o suporte profissional é essencial para garantir segurança e eficácia durante o tratamento.

3. Acompanhamento psicológico ou terapia cognitivo-comportamental

Para enfrentar os gatilhos emocionais e comportamentais, ter um apoio psicológico é essencial. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, ajuda a identificar quais são os momentos de vontade de fumar e ensina estratégias práticas para resistir a eles.

Além disso, essa abordagem ajuda a entender melhor as causas do vício, fortalecendo sua determinação para seguir firme nesse caminho.

4. Grupos de apoio e acompanhamento em unidades de saúde

Muitos postos de saúde oferecem programas dedicados às pessoas que querem parar de fumar, com encontros em grupo que proporcionam suporte profissional e a troca de experiências entre quem está vivendo a mesma jornada. Esses grupos ajudam a manter a motivação, além de mostrar que você não está só nesse desafio.

Por fim, vale lembrar que não há uma única resposta sobre como parar de fumar que seja eficaz para todas as pessoas. O mais importante é encontrar um método, ou uma combinação deles, que façam sentido para cada pessoa e situação — sempre com acompanhamento médico.

Dicas para deixar de fumar

Além dos tratamentos que citamos acima, mudar a rotina também ajuda as pessoas que desejam parar de fumar a mudar seus hábitos. Aqui vão algumas dicas que podem ajudar:

1. Identifique os gatilhos e evite situações que estimulem o vício

Muitas vezes, o cigarro está associado a momentos específicos, como após o café, em pausas no trabalho ou durante situações de estresse. Observar esses padrões e entender o que desperta a vontade de fumar é o primeiro passo. Ao reconhecê-los, é possível substituí-los por ações menos prejudiciais.

2. Substitua o cigarro por novos hábitos

Criar novas rotinas ajuda o cérebro a se desprender da associação com o cigarro. Por exemplo, atividades físicas como caminhadas liberam endorfina e contribuem para o bem-estar. Já a leitura e meditação, por sua vez, ajudam a manter a mente ocupada e reduzem a ansiedade — comum durante o processo de abstinência.

3. Mantenha as mãos ocupadas

Você sabia que o ato de fumar muitas vezes está ligado ao gesto de levar algo à boca ou manter as mãos ocupadas? Por isso, encontrar alternativas que envolvam as mãos pode ajudar a quebrar esse padrão comportamental, como desenhar, tricotar ou usar uma bolinha antiestresse.

4. Beba mais água e tenha uma alimentação equilibrada

Manter a hidratação ajuda a eliminar toxinas do corpo, inclusive resíduos da nicotina. Além disso, uma alimentação rica em frutas, verduras e alimentos naturais também colabora com o funcionamento do organismo e reduz os efeitos colaterais da abstinência, como irritabilidade e fadiga.

5. Compartilhe seu objetivo com amigos e familiares

Compartilhar sua decisão de parar de fumar com pessoas de confiança não somente fortalece o compromisso pessoal, mas abre um espaço para que as outras pessoas possam te dar suporte emocional nos momentos mais difíceis. Isso porque amigos e familiares podem ajudar a evitar recaídas.

6. Evite bebidas alcoólicas

O consumo de álcool reduz o autocontrole e costuma estar associado a ambientes nos quais o cigarro está presente. Por isso, evitar bebidas alcoólicas, especialmente nas primeiras semanas, pode ajudar a prevenir recaídas e a manter o compromisso com a mudança.

Leia também: Toxicidade do tabagismo - como o fumo afeta a saúde

Tire suas dúvidas sobre o tabagismo

Sabemos que o caminho para parar de fumar gera muitas dúvidas. Por isso, para te ajudar a entender melhor esse processo, respondemos a seguir algumas das perguntas mais comuns sobre o tabagismo.

1. Existe tabaco sem nicotina?

Sim. Porém, isso não quer dizer que essas alternativas não terão outras substâncias igualmente viciantes e prejudiciais à saúde. Ou seja, eles não são uma solução segura para quem deseja parar de fumar.

2. Por que a nicotina vicia tanto?

A resposta está na velocidade com que a nicotina age no cérebro. Em questão de segundos após ser inalada, ela estimula a liberação de dopamina — o neurotransmissor associado à sensação de prazer e recompensa. Essa liberação provoca um efeito instantâneo de alívio e bem-estar, mesmo que seja de curta duração, fortalecendo o ciclo do vício.

3. O que causa o tabagismo?

A causa do tabagismo envolve uma combinação de fatores emocionais, sociais, culturais e genéticos. Muitas vezes, o primeiro cigarro vem da curiosidade, influência de amigos ou para aliviar a ansiedade. Com o tempo, a nicotina no corpo cria dependência, e quando falta, aparecem os sintomas de abstinência — como irritação, ansiedade e vontade forte de fumar novamente.

4. Quando é o Dia Nacional de Combate ao Tabagismo?

O Dia Nacional de Combate ao Tabagismo é celebrado dia 29 de agosto. Essa data convida a todos — fumantes e não fumantes — a refletirem sobre os impactos desse vício e a importância da sua prevenção e tratamento. Além disso, é uma oportunidade de reforçar o apoio a quem está tentando parar de fumar, oferecendo informação e acolhimento.

5. Onde comprar remédios para parar de fumar?

Para você que pensa em parar de fumar, já está nesse processo ou deseja apoiar alguém, as Farmácias Nissei oferecem diversos medicamentos — que exigem prescrição médica — para auxiliar em sua jornada por mais qualidade de vida. 

Navegue pelo site ou procure a Farmácia Nissei mais próxima de você!

Leia também: Conheça os Serviços Farmacêuticos disponibilizados pela Nissei

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