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Dia Mundial da Obesidade
Há Por Anônimo as 15:00 - 4/03/2023 Saúde
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Dia 4 de março é o Dia Mundial da Obesidade, não é uma data para celebração, mas de conscientização a respeito da doença e das consequências que ela apresenta.
A obesidade é uma doença crônica, que se caracteriza principalmente pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O número de pessoas obesas têm crescido rapidamente, tornando a doença um problema de saúde pública.
A obesidade afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, alcançando a marca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo.
Quais são as 4 principais consequências ligadas à obesidade?
Tendo em vista a sua capacidade de acarretar ou agravar diversas outras complicações de saúde, vale ressaltar 4 das principais consequências ligadas à obesidade:
Hipertensão
A hipertensão é uma doença cardiovascular causada pelo aumento da pressão arterial. Isso ocorre quando a tensão da circulação de sangue sobe consideravelmente, o que pode danificar as paredes das veias e artérias.
Um alto índice de gordura corporal se relaciona, também, a uma grande quantidade de triglicerídeos e colesterol LDL (conhecido como “colesterol ruim”). Esse aumento de lipídios no sangue pode comprometer a sua circulação e provocar a hipertensão. Por essa razão, pessoas obesas têm mais chances de desenvolver essa complicação que indivíduos com o IMC regular.
Sendo uma doença que acomete aproximadamente 25% da população adulta no Brasil, a hipertensão precisa ser devidamente tratada e acompanhada. Além disso, a perda de peso é um dos fatores que auxiliam na melhoria do quadro.
Asma
Outra doença crônica, a asma atinge o sistema respiratório e afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Cansaço, falta de ar e chiado no peito são apenas alguns dos sinais que surgem com esse transtorno. Os sintomas são ainda mais intensos na hora de dormir, ao fazer uma atividade física ou na presença de fatores alergênicos.
Um dos possíveis causadores da asma é a reação à leptina, uma proteína produzida principalmente pelo tecido adiposo, células responsáveis pelo armazenamento de gordura. Por isso, essa é uma das principais consequências da obesidade.
Apneia do sono
A apneia do sono é um problema que provoca barulhos e interrupções na respiração ao dormir. Como consequência, compromete a qualidade do sono, causando sonolência durante o dia, dificuldade de concentração e de raciocínio e redução da oferta de oxigênio no sistema nervoso, entre outros problemas.
O excesso de peso é um dos fatores que favorecem o surgimento dessa doença, por dificultar a passagem de ar pelas vias respiratórias.
Diabetes
O aumento do peso é, na maioria das vezes, consequência de um gasto calórico menor que o consumo. Sendo assim, a energia não utilizada é estocada em forma de gordura. No entanto, o excesso de tecido adiposo interfere no funcionamento da insulina, hormônio cuja principal função é regular os níveis de açúcar na corrente sanguínea.
Pela definição da Organização Mundial da Saúde, obesidade é o excesso de gordura corporal, em quantidade que determine prejuízos à saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é maior ou igual a 30 kg/m2 e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Os indivíduos que possuem IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 são diagnosticados com sobrepeso e já podem ter alguns prejuízos com o excesso de gordura.
Causas
A principal causa de obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva. Para manter o peso ideal é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia. Quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o acúmulo de gordura. Por isso, o sedentarismo é o segundo fator importante que contribui para a obesidade.
Além disso, existem os fatores genéticos, em que uma pessoa pode herdar a disposição para obesidade; ter o metabolismo mais lento, o que facilita o acúmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por conta das oscilações hormonais.
Também existe uma influência dos fatores psicológicos, quando o estresse ou as frustrações desencadeiam crises de compulsão alimentar.
Tratamento
A melhor forma de tratar a obesidade é adotar mudanças no estilo de vida, com uma dieta menos calórica aliada a um programa de exercícios físicos, sempre sob a supervisão de um profissional.
Também pode ser feito o uso de medicamentos, desde controladores de apetite até os que reduzem a absorção de gordura pelo organismo.
Para os casos mais graves, pode ser recomendada também a cirurgia bariátrica, especialmente para quem possui o IMC acima de 35 e também ter doenças associadas à obesidade, e para os que têm IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos.
Em todos os casos, o acompanhamento médico regular é fundamental.
Prevenção
A doença pode ser evitada desde a infância, com a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de esportes ao longo da vida.
É fundamental aumentar a conscientização sobre a obesidade. Os retratos que vemos na mídia frequentemente reforçam estereótipos imprecisos e negativos sobre pessoas obesas, o que pode levar ao estigma do peso. As campanhas pedem uma mobilização para acabar com o uso de linguagem ou imagens estigmatizantes e comecem a retratar a obesidade de maneira justa, precisa e informativa. Cuide da sua saúde, afinal, ela é a coisa mais preciosa que temos.