Elas no comando: conheça 6 projetos feitos e voltados exclusivamente para mulheres

Os trabalhos envolvem oficinas de música, produção de cerveja, artes marciais e acolhimento a mulheres em situação de risco. Objetivo é reafirmar que o lugar da mulher é onde ela quiser

Felizmente o mundo atual é recheado de histórias de mulheres líderes e engajadas em trabalhos que transformam a realidade de bairros, comunidades, grupos sociais, e assim, transformam a sociedade. A construção dessa liderança é algo que precisa ser valorizado quando se entende que o machismo, infelizmente, ainda é real nos dias atuais, e a diferença de tratamento se reflete, por exemplo, na discrepância dos salários pagos a homens e mulheres – pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) mostra que, em média, as mulheres ganham 22% a menos que os homens. Como se não bastasse, só no ano passado, foram registrados mais de 105 mil denúncias de violência contra a mulher, em meio à pandemia da Covid-19.

Por isso, valorizar o trabalho das mulheres que se juntam para enfrentar a dura realidade de violência e o preconceito de gênero é obrigação da sociedade atual. Assim, apresentamos seis projetos desenvolvidos por mulheres que toparam o desafio de se assumirem protagonistas e que estão transformando a vida de um incontável número de pessoas, a de si mesmas, e a do mundo ao redor delas. 

Girls Rock Camp

Criado em Sorocaba, interior de São Paulo, mas com sedes espalhadas por capitais do país, o Girls Rock Camp é um projeto voltado ao empoderamento feminino por meio da música, da arte e do pensamento crítico. Dirigido a crianças a adolescentes, propõe às garotas o aprendizado de um instrumento musical e a montar uma banda para tocar para pais, amigos e comunidade. Com oficinas temáticas – todas, no momento, sendo realizadas online devido à pandemia – a ideia do trabalho é fortalecer a autoestima das jovens e fomentar a ideia de que as garotas podem fazer o que elas quiserem, a qualquer momento.

Slam das Minas

O slam é a poesia falada. Por meio dele, as garotas do Slam das Minas participam de rodas e campeonatos de poesia. De temática urbana, usam os versos para falar sobre experiências vividas na periferia de São Paulo, onde o grupo foi criado. O projeto nasceu em março de 2016 e é um espaço de voz e apoio mútuo para mulheres que estão na luta por uma sociedade mais humana e menos machista. 

Mapa do Acolhimento

Com a pandemia e a necessidade de isolamento social, a violência doméstica, sobretudo contra a mulher, alcançou índices assustadores. O Mapa do Acolhimento é uma rede de solidariedade criada para conectar mulheres que experimentam ou experimentaram algum tipo de agressão de gênero, seja física ou psicológica, a advogadas e psicólogas dispostas a ajuda-las de forma voluntária. O grupo, que atende todo o Brasil, recebe atualmente mais de 20 pedidos de ajuda por dia, quase um a cada minuto. Registrada a queixa, a equipe do Mapa checa os dados e localiza as profissionais cadastradas no serviço que estejam próximas à vítima para que elas possam se conectar e encontrar uma saída jurídica e emocional que encerre o problema de uma vez por todas. 

Brewing Sisterhood

Uma cerveja produzida só por mulheres ganhou o nome de Carolina, em homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus, uma das primeiras e mais importantes autoras negras do país. A cerveja é produzida pela Brewing Sisterhood, confraria de mulheres de São Paulo que tem como objetivo utilizar o processo de produção da bebida como forma de resgatar a participação das mulheres na fabricação e no consumo de cerveja. Em paralelo, elas discutem temas ligados ao empoderamento feminino e a luta contra a desigualdade de gênero.  

Jiu-jitsu para mulheres

Criado pela atleta Nika Schwinden, o projeto visa ensinar a prática da ‘arte suave’ a mulheres sem que elas precisem temer qualquer tipo de assédio moral ou sexual. Formada em psicologia e com títulos mundiais conquistado nos tatames, Nika destaca os pontos positivos da luta ao oferecer às praticantes ferramentas para defesa pessoal, melhora da autoestima e do autoconhecimento, desenvolvimento da musculatura do corpo, condicionamento físico, flexibilidade corporal, estímulo dos reflexos, controle emocional e sensação de bem estar (pela liberação de endorfina durante as aulas), e socialização. Nika realiza os treinamentos do Jiu-jitsu para mulheres na academia Gracie Barra de Curitiba.

Casa Sofia

Criado em 1999 no Jardim Ângela, no extremo sul da cidade de São Paulo, o projeto trabalha para garantir os direitos da mulher contra a violência sexual e doméstica. Na luta contra a exclusão social das mulheres da periferia, a Casa Sofia auxilia na autonomia e independência financeira e cria mecanismos para promover a igualdade de gênero. Com orientação jurídica, apoio psicológico e grupos psicossociais, o projeto tem como mantenedora a Sociedade Santos Mártires, associação civil beneficente criada há 30 anos, também na zona sul da capital paulista.

Na luta diária para atuar no espaço que ela quiser, a mulher pode contar com o apoio e o acolhimento constantes das Farmácias Nissei. Lá, você encontra tudo o que precisa para cuidar de sua saúde e seu bem estar, para se sentir empoderada do jeito que você é, sem precisar ceder a padrões estéticos pré-estabelecidos. Cuidar de você é também uma forma de afirmação da sua feminilidade. Para conhecer os produtos disponíveis, visite uma das lojas da rede ou acesse o nosso site.